Em todos os lugares que visitamos buscamos, inicialmente, o “pacotão basicão”, ou seja, um tour pelos pontos turísticos mais óbvios de cada cidade. Por que no Rio seria diferente? Embora não fosse minha primeira vez, era a primeira vez do Hélio e, mesmo que não fosse, turista de verdade encara toda e qualquer obviedade turística, pois, via de regra, elas representam a essência da cidade.
O que não estava nos meus planos? Que o Rio de Janeiro fosse bombar em pleno feriado de São João ( + corpus christi, vá lá). Imaginei que o fluxo fosse se concentrar no Nordeste, senhor absoluto dos festejos juninos. Errei feeeeeeio 😦
Vamos lá! 24 de junho de 2011 (detalhe: não é feriado no Rio, diferente do que acontece no Nordeste), 15:00h: saímos de Santa Tereza e pensei: Tranquilo! Agora vamos nos deliciar com a vista do Cristo!
Daí começa nossa via crucis junina.
COMO CHEGAR:
Para subir o Corcovado você deve ir para o Cosme Velho.
– Para chegar não rola metrô: a estação mais próxima, Largo do Machado, fica a cerca de 2 km;
– As possibilidades mais viáveis são ônibus, táxi, metrô + ônibus ou metrô + táxi.
Ao chegar no Cosme Velho, três opções te aguardam:
Opção 1 – Pegar o Trem do Corcovado na pequena estação localizada na Rua Cosme Velho ( que acredito ser a melhor opção e, ao final, a superdica para pegar o trem);
Opção 2 – Pegar uma das vans das cooperativas (em dias lotados, só vá nessa se não conseguir o trem meeesmo);
Opção 3 – Pegar um táxi (geralmente eles fecham um preço para subida e descida e esta, certamente, é a opção mais cara).
Até aí seria tudo muito simples, se não fosse o fato do equivalente à metade da população do Rio de Janeiro querer o mesmo que eu: chegar no Cristo.
Às 15h havia uma pequena fila na estação do trem, o que me deixou eufórica. Ledo engano! A fila estava pequena porque havia bilhetes apenas para o trem das 19:00h. Pensamos em comprar para o dia seguinte, mas nos informaram que só vendiam bilhetes para o mesmo dia.
Ao sair da estação, os motoristas das cooperativas das vans já começam a te abordar: “20 reais, ida e volta”. Ah, Perfeito! “Simbora”! Ao pagar, já colocam um adesivo na sua blusa e te encaminham para o carro:
Até aí tudo bem. O que eu não sabia é que lá em cima, bem antes do topo, há duas filas: uma para comprar o bilhete de acesso e outra para pegar as vans oficiais, as únicas que, atualmente, podem subir até a entrada para o Cristo.
Da primeira fila nos livramos. Compramos o bilhete com cambistas. O bilhete inclui a van da Bel-Tour (subida e descida) e o acesso ao Cristo. O preço oficial seria R$ 24,75. Pagamos R$ 27,00. R$ 2,25 a mais pelo luxo de não pegar uma das filas:
Da segunda fila não tem como se livrar, a não ser que você vá de trem (lembra que eu disse que era a melhor opção?). Os táxis e as vans das cooperativas sobem até determinado ponto e, a partir daí, só com as vans oficiais da Bel-Tour. Então, você é obrigado a entrar na fila para pegar a van oficial.
E a fila? Simplesmente quilométrica. Ficamos “apenas” uma hora nela até chegar o nosso grande momento: entrar na bendita van da Bel-Tour.
Depois que você entra no tão esperado transporte, tudo é festa! Dá a impressão que agora está tudo resolvido.
A van te deixa no pátio ao lado da entrada de acesso para o Cristo e, a partir daí, você segue a pé, pelas escadarias:
Ah ah… Agora imagine toda aquela fila na nossa frente distribuída em um (relativamente) pequeno espaço aos pés dos Cristo:
Perrengue pra tudo: para achar um canto para tirar uma foto; para achar um canto para conseguir apreciar a vista. Gente para todos os lados e todos pensando, certamente, o mesmo que eu: “$!@#%&*@$#” kkkkkkkk
Mas consegui tirar uma foto dele… A única (e bela) razão para todo esse sofrimento:
E uma minha… Tentando aproveitar a vista… Correndo, pois ao meu lado havia um monte de gente bacana esperando para passar… (Ô… No perrengue todo mundo se ajuda!!)
Depois de uma hora na fila e com essa multidão lá em cima, posso garantir: nem deu para apreciar direito a vista. Passamos 30 minutos tentando aproveitar alguma fresta “nas sacadas”, mas, sem êxito, decidimos ir embora, certos de que nossos problemas haviam acabado…
Ah ah… Tome mais uma fila para pegar a van da Bel-Tour, agora para descer:
Mas essa andou rápido e, na espera, ainda pudemos apreciar o início do pôr-do-sol do alto do Corcovado… Lindo!!!
Tá? E agora? A Bel-Tour te deixa no mesmo ponto onde te pega. Como fazer valer a volta na van da cooperativa? Muito simples… Depois do local onde as vans da Bel-Tour param, há um… sei lá… casarão desativado onde as vans da cooperativa pegam o pessoal que está com o adesivo (aquele amarelinho lá do início do passeio)… Ah – Ah – Ah… Só pra variar, mais uma fila e, depois de todo sufoco para subir, ainda passamos mais 50 minutos na fila para conseguir descer… Aproveitei para tirar mais uma foto do Rio anoitecendo…
Mas a partir daí, pode ter certeza, todas as minhas taxas de humor no sangue já estavam zeradas… Já não dava meeeesmo para ver graça em nada… O pior é você querer simplesmente ir embora e não conseguir. E, se “pra baixo todo santo ajuda”, nesse dia a exceção venceu a regra. Chegamos a falar com alguns taxistas, mas todos eles estavam aguardando passageiros voltarem do Cristo, não podiam sair de lá… Enfim… O fim da picada! Depois ainda tem o engarrafamento até chegar lá embaixo. Quando, às 18:30h, chegamos em terra firme, na Rua Cosme Velho, a única coisa que fomos capazes de fazer foi pegar um táxi para o hotel. Game Over.
O QUE FICOU DA EXPERIÊNCIA:
– O Cristo e a vista do Corcovado são belíssimos, mas tanto sacrifício só vale a pena se for para pagar promessa.
– Essa foi uma experiência isolada, no meio de um feriado prolongado. Durante a semana e em finais de semana menos disputados não é assim. Então, se tiver essa possibilidade, escolha os dias mais tranquilos.
– Como disse no início, o trem certamente é a melhor opção. DETALHE: Só agora, pesquisando para fazer o post, descobri que no site oficial do Trem do Corcovado existe a opção de comprar bilhetes on-line. Diz aí? Tudo isso poderia ter sido evitado apenas com alguns cliques. Ai que raaaaaaaaiva (na própria estação cheguei a perguntar, mas ninguém me informou).
Risadas na madrugada são garantias da misscheck-in ^^
meninaaaa q muvuca foi essa hein?
já percerbeu q todo lugar q vc vai mesmo que não seja feriado tá lotado?
torre eiffel em paris, cânion de xingó e agora a maravilha moderna do Cristo Redentor. Vc atrai paparazzis kkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Jú, vc também me garantiu boas risadas na madrugada com esse comentário!!!
E não é que é verdade?? De tanto falar que não gosto de destinos óbvios, acabo sempre sendo sugada por eles… Fazer o que?
Por essa você não esperava em pleno São João!
Você correu do sufoco do Forró Caju e foi curtir as belezas da cidade maravilhosa; e tome fila, tome perrengue.
Apesar de você não ter ido pagar promessa, acho que pagou alguns pecados.
Mas, tudo tem o seu lado positivo. Agora, graças ao sufoco que você passou, já sabemos o que devemos evitar quando visitarmos o Corcovado!
Santaaaana!! Vendia pela internet… TO MORRENDO DE RAIVA AQUI… Pq ninguém me avisou? Perguntamos na estação e eles falaram apenas que só vendiam bilhetes para o mesmo dia… Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii… Que “ódeo”! rs rs rs Pelo menos quando você for, já não passa por perrengue.
Olha eu aqui de novo, acho que me empolguei com seus posts do Rio! Kkkk Que fila foi essa ein, fora do comum!! Tenho história de perrengue ai no Cristo tb, simplesmente meu primo conseguiu bater em um meio fio e estourar o pneu do carro naquela área das vans… O pior é que ele não tinha pneu de socorro, já estava anoitecendo e ficamos esperando a boa vontade de uma VTR da PM levar e voltar com o pneu consertado…Pense na demora! A parte boa é que eles não cobraram nada pelo “serviço”. rs
Bj!
Amigo! Obrigada por não me deixar só em matéria de “perrengue” no Corcovado!!! Agora nem sei que drama foi mais dramático… O meu ou o seu… kkkkkkkkkkkkkk.
Ah… Só pra não perder o costume… Já que tocamos no assunto de polícia… Vocês fazem muita falta! 😦
Abraço,
Sua eterna futura vizinha Anna
da proxima vez que vier ao Rio pense , contrate uma empresa de City tour , além de sair mais barato não irá passar todo esse perregue
Pois é!
Mas da próxima vou de trenzinho. Fiquei doida de vontade de experimentar! 😉
O certo seria ter ido ate o Largo do machado, ter se informado online antecipadamente. Feriado, RIO lota!
Guia de turismo Luciana Bonguardo
Pois é, Luciana.
Subestimei o feriado do São João por acreditar que seria um feriado que passaria batido no Sudeste.
Como disso, errei feio.
Mas até errar é uma experiência válida.
Obrigada pelo contato 😉
Abraço,
Anna