Primeiro post do ano, no primeiro dia do ano, merecia uma viagem especial a um lugar especial. E lá fomos nós, em busca do primeiro mergulho do ano em meio a um santuário natural, cravado numa fenda rochosa desenhada pelo encontro de um relevo pontiagudo com corredeiras de água escura (mas limpa).
Isso é a Ribeira. O nome é emprestado do minúsculo povoado onde está localizado o pequeno paraíso das pedras. O povoado, por sua vez, está localizado a 20 km da entrada da cidade de Areia Branca, na BR-235, dos quais, 10 km de asfalto e 10 km de estrada de terra. Saindo da BR (nos exatos 9,8 Km após Areia Branca), tudo é poeira, cercas e pedrinhas e mais pedrinhas espalhadas pelo chão. O carro samba, reclama, mas insiste, de cara feia vai seguindo, meio descrente se vai dar pra chegar.
Chegando ao povoado, as casinhas coloridas, típicas de interior, parecem dar as boas vindas.
Poucas casas espalhadas em torno de duas praças resumem a vida tranquila de um lugar perdido no meio de serras e estradas pedregosas de terra vermelha.
A partir daí começam os aproximados 2 Km de puro off road. Depois do povoado, é preciso seguir na estrada de terra, agora bem mais estreita e infinitamente mais arisca. Mas a paisagem continua valendo a pena, embora, fique claro, qualquer descuido pode custar um pneu ( ou dois, ou três… tem pedra pra todo mundo).
Algumas arranhadas no cárter, galhos deslizando nas portas e riachinhos depois, lá está ela… A Fenda “do Biquini”:
Olhando de longe, o vão que se abre entre os morros parece não ter nada a oferecer. Mas um olhar mais próximo vai te esclarecendo as ideias:
A Ribeira é um lugar de poucas palavras. Apenas um mergulho nas águas mornas entre os paredões rochosos vai te dar a exata dimensão daquela paisagem árida, adoçada por águas tranquilas.
Escalar o paredão, pedra a pedra, passo a passo, não é tarefa fácil e requer toda cautela, para não transformar o passeio em uma queda de mau jeito. Mas todo esforço vale a pena e a paisagem recompensa.
Um cantinho escondido no meio do nada para se desligar de tudo e, enfim, dar um mergulho merecido, abençoado por um céu azul e o canto da natureza no sopro do vento, que corta bravio os corredores de rocha.
Esse, definitivamente, era o único lugar onde eu queria estar no primeiro dia do ano. Deixando a água levar todas as agruras que se foram e retomando as energias para encarar com fôlego o ano que se inicia. “Life is priceless” (como bem lembrou a Gina).
PAZ SAÚDE FÉ e SABEDORIA para todos nós! Feliz 2012!
Em um próximo post, explico com detalhes como chegar até esse cantinho escondidinho, certo? 😉
Olá! Tudo bem?
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia
Opa! Que boa surpresa!
Obrigada pela indicação. Vou lá ver! 😉
Abraço,
Anna