Já fizemos ‘foto-guia’ e post musical. Agora chegou o grande momento de falarmos sobre o passeio em si pelo Delta do Rio São Francisco.
Como explicamos no “fotoguia”, o passeio pelo Delta, partindo de Sergipe, começa pelo município de Brejo Grande, na região do Baixo São Francisco (para conferir o Fotoguia, com todas as informações de como chegar a Brejo Grande, clique aqui).
Duas opções viáveis te esperam para realizar este passeio:
– Uma delas, mais confortável, é agendar o passeio com uma das inúmeras agências de turismo que operam em Aracaju, como a NOZES TOUR, a IMPACTO ou a TOP TOUR. Nesta opção, por R$ 120,00 por pessoa, você tem transfer, ida e volta, da porta da sua casa (ou hotel) até Brejo Grande e Catamarã até o Delta.
– A outra opção, mais aventureira, é seguir por sua conta até Brejo Grande e lá pegar um barquinho para a Foz. São pouco mais de 130 Km de estrada até o município e mais 50 minutos de viagem pelo Rio até o seu encontro com o mar. Os barqueiros costumam cobrar entre R$ 100,00 e R$ 150,00 pelo barco – e não por pessoa – e o bacana é que você tem um barco e um barqueiro exclusivo para você, fazendo tudo no seu tempo.
Nas duas vezes em que estivemos na Foz, fomos por nossa conta e é essa experiência que vamos relatar aqui. Mas, se você quiser conhecer a experiência de quem foi por empresa turística, não deixe de ler o excelente post do @rod_rocha no A gente Viaja, clicando aqui.
O PASSEIO
Primeira coisa você deve saber de cara quando optar pelo Delta: não busque comparações com o Cânion do São Francisco. São passeios diferentes com paisagens diferentes. Certamente, você não vai encontrar a exuberância do Cânion no Delta, mas, por outro lado, você não vai encontrar no Cânion a simplicidade cativante e calorosa do encontro do rio com o mar e o intenso contato com o Rio, na sua despedida do leito. O Cânion é o Cânion. O Delta é o Delta.
Segunda coisa, notadamente para quem fugiu das aulas de geografia: “denomina-se DELTA a foz de um rio formada por vários canais ou braços do leito do rio. Devido a pequena declividade e, consequentemente, pequena capacidade de descarga de água, favorecendo o acúmulo de areia e aluviões na foz do rio” (Glossário de Geografia).
Isto explica a paisagem que te espera… Várias pequenas ilhas formando esquinas e labirintos ao longo do leito do rio e um imenso banco de areia, dunas e piscininhas no exato encontro do rio com o mar.
Isto posto, além do rio e do Delta, vale dizer que, de quebra, você tem a chance de conhecer duas pequenas cidades ribeirinhas, cheias dos pormenores de cidadezinhas de interior, agraciadas pelo encontro com rio, que enche de vida e movimento o cotidiano dos moradores locais: BREJO GRANDE, em Sergipe, e PIAÇABUÇU, em Alagoas.
Prepare-se apenas para enfrentar o sol escaldante, pois, o Delta em si nada mais é que um imenso banco de areia cravado em meio à brisa do rio e a maresia do mar. Salvo um ou outro oásis de piscininhas naturais e escassos coqueiros, diante de tanta areia e sob o sol implacável do Nordeste, a sensação térmica, sem exagero, é algo tipo estar no deserto.
No mais, curta muito o caminho… Os 50 minutos pelo leito do rio até a Foz garantem imagens de “wallpaper” rs rs… Inesquecíveis e apaixonantes:
BREJO GRANDE
Essa cidadezinha, com pouco mais de 7000 habitantes, reserva as peculiaridades básicas de cidade de interior. Vida tranquila, casinhas coloridas e uma praça com uma Igreja:
Como disse no “fotoguia”, pausa para a Igreja da praça, Igreja de Nossa Senhora da Conceição, com seus traços rendados em branco e cor de rosa. Uma graça!
Só não espere – como seria de se esperar – uma cidade totalmente banhada e integrada com o Rio. Sergipe tem esse mistério: as cidades NÃO crescem na “beira da água” e, diferente de outras cidades “franciscanas”, como Piaçabuçu, Piranhas, Penedo e outras tantas, em Brejo Grande o Rio São Francisco fica meio que de escanteio, só com um estreito cais que, por sua vez, fica fora do centro da cidade, onde tudo acontece. Vai entender.
Mas nada que desabone a cidade. O município ainda oferece preciosidades culturais como o Povoado Saramém, localizado à beira do rio, onde concentra-se uma pequena população de pescadores, e o Povoado Brejão dos Negros, reconhecido como Comunidade Quilombola.
O DELTA
Esse, como já foi dito, na prática resume-se a um imenso banco de areia e dunas estacionado entre o rio e o mar.
O primordial é que você não compreenda o Delta como a única razão do passeio e sim como parte indispensável dele. Nós, em especial, curtimos muito o passeio de barco pelo rio até a foz e a parada, no retorno, em Piaçabuçu, fazendo com que o Delta em si fosse apenas uma das peças chaves da viagem.
Como fomos por nossa conta e risco, saímos depois do almoço, para evitar pegar o ápice do passeio no ápice do sol. Chegamos no Delta por volta das 15h e, vou te contar, o Sol continuava “ardendo no couro” a todo vapor. Nossa única reação, após uma curta tentativa de caminhar pelas dunas, foi ancorar o corpo em uma piscina natural.
Aí a grande surpresa. Apesar de estarmos de cara com o mar, a piscina era de água doce, tranquila e deliciosa, um oásis de verdade embaixo dos quase 40° de céu limpo que iluminava o dia.
Nesse horário, já não havia barracas de vendedores nas dunas e aí vai uma dica: melhor chegar cedo em Brejo Grande, pela manhã, para aproveitar ao máximo tudo o que a região tem a oferecer (evitando sempre os horários de sol intenso, claro). A feirinha de comidinhas e artesanato dos moradores locais é mais um belo atrativo das areias da foz 😉
Tanto na ida como na volta, fomos curtindo nosso barquinho exclusivo, e seu “tróóóó” suave cortando o rio pouco a pouco, em seu ritmo desacelerado.
De barquinho, fomos curtindo o rio de pertinho, sentindo a água do imponente Rio São Francisco, mansinha, batendo nos dedos.
E, para aliviar o cansaço de uma semana inteira, a dica do nosso barqueiro, Agenor, foi navegar na rede, literalmente. Uma delícia, para quem, claro, não enjoa nem tem labirintite.
E… Ver a noite cair sobre as águas do Rio São Francisco… Ah-ah… Não acontece toda dia. Fomos aproveitando cada segundo da nossa viagem com aquela sensação involuntária de agradecimento à natureza e cheios de orgulhos de nós mesmos por estarmos ali, anoitecendo na imensidão do Velho e Querido Chico.
Ficou faltando a ida até a região do antigo povoado Cabeço, onde há o farol alagado. No horário que saímos, a maré não permitia que nosso pequeno barco chegasse até lá. Mais um #ficaadica também, reforçando que ideal mesmo é sair cedo de casa para não perder nada que o Delta tem a oferecer. O Cabeço vai ficar pra próxima.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
– Como foi dito, há vários barquinhos no cais de Brejo Grande aguardando turistas, mas caso queira agendar, você pode ligar para o Agenor, que fez nosso passeio na primeira vez, ou para o Almeida, que fez nosso passeio na segunda vez:
AGENOR – (82) 3552-1634
JOSÉ ALMEIDA – (79) 9607-2985/ (82) 9314-7698 – pfs@hotmail.c0m
– No cais de Brejo Grande, é possível ligar para uma pequena balsa, com capacidade para dois carros, que faz a travessia para Piaçabuçu/AL. Ocorre que, no cais, só há sinal da VIVO, então a dica é você anotar o telefone e já chegar em Brejo Grande com a travessia agendada. A balsa sai de um pequeno porto a alguns quilômetros do cais principal.
– Acredite! É possível chegar até o Delta de carro, pela margem de Alagoas, partindo de Piaçabuçu. Acontece que, como nos informou o Agenor, a depender do local onde você, desavisado e incauto, estacionar o veículo, pode encontrá-lo boiando na maré ao retornar. Melhor mesmo ir de barco. Em Brejo Grande, você pode estacionar seu carro na Marina, ao lado cais. O estacionamento custa R$ 3,00 por turno.
– Para saber como chegar a Brejo Grande pela BR-101, clique aqui. E, para conhecer nosso Post Musical sobre o Delta, clique aqui.
– Nossa parada e almoço em Piaçabuçu acabou merecendo um post à parte.
– Todas as informações deste post referem-se aos meses de fevereiro e março de 2012, quando estivemos no Delta.
muito legal seu post
Oi Osni!
Que bom que gostou!
Espero que volte logo para curtir um pouquinho mais de Sergipe!
Abraço
Do you have a facebook fan page? I searched for one on facebook or twitter but could not discover one, I’d really like to become a fan!
http://www.businesstraveltours.com is my website.
Também gostei dessa opção de passeio…….rsrsrssss…
Anna, muito legal seu post!
Estou indo para Acacaju nos próximos dias e seu blog tem sido muito útil.
Obrigada!
Este barquinho que você toma em Brejo Grande leva até a foz mesmo? Estou em negociação com uma empresa que informou que o barco nos deixa 2,5 km distante da foz. E que teríamos que ir caminhando… Fiquei um pouco decepcionada… Gostaria de saber se esse barquinho que você tomou dispensa essa grande caminhada.
Obrigada!
Deborah
Oi Deborah!
Olha só! Tanto o barquinho que pegamos como o catamarã da Nozes Tour ancoram no ponto mais seguro da foz, já que, por uma questão de segurança, as embarcações não avançam para a região crucial do encontro das águas do rio com o mar. Mas esse ponto já é a foz. Como disse no post, há rios e rios de areia para caminhar e o mar, de fato, não fica tão próximo, mas nada que inviabilize o seu passeio. A empresa pioneira nesse passeio aqui em Aracaju é a Nozes Tour. Como disse no post, não fizemos o passeio por empresa, mas, caso não seja esta a empresa que você entrou em contato, vale a pena dar uma pesquisada: http://www.nozestur.com.br/
Nós preferimos ir por nossa conta, como mostramos no post.
Qualquer outra dúvida, é só falar. Fique a vontade!
Espero que você aproveite ao máximo sua passagem por Aracaju.
Abraço,
Anna
Super obrigada, Anna!
Estaremos de carro e faremos por conta própria, assim como você fez.
Somos 4 na viagem. Acho que a economia com transfers e a mobilidade que o carro proporciona vão compensar o “chatinho” de ter que dirigir.
Valeu mesmo pela atenção!
Parabéns pelo blog!
Abraço,
Deborah
Ah Deborah! Legal!
Já que estão indo por conta própria, vale reforçar que o bacana mesmo é ir cedo, saindo de Aracaju antes das 09h, porque assim vocês aproveitam bastante a viagem.
Chegando cedo, dá para pegar a feirinha de artesanato que moradores da região montam no ponto onde os barcos ancoram no delta.
Eu gosto muito de dar uma esticada até Piaçabuçu/AL.
Espero que vocês gostem.
Precisando de qualquer ajuda, é só falar.
Já fizemos o “fotoguia” para o Delta, partindo de Aracaju. Pode ajudar também.
Abraço,
Anna
Estive naveguando encontrei o site, por sinal gostei das dicas e irei fazer um planejamento para viajar com a familia e amigos. Só tenho uma dúvida quanto a travessia de carro para Piaçabuçu, pois no mapa mostra que tem uma estrada na travessia para as praias de Alagoas. No mais, muito legal mesmo. Um grande abraço.
Oi Walter!
Tudo bem?
Não sei se entendi bem sua pergunta, mas, olha só, se estiver em Sergipe, pode seguir até Brejo Grande e de lá atravessar de balsa (com carro e tudo) para Piaçabuçu. A partir de Sergipe, é possível chegar a Piaçabuçu por terra, indo para Alagoas, mas acredito que dever ser um pouquinho mais distante. De Piaçabuçu, não dizer quais são as possibilidades para explorar o litoral de Alagoas, pois, infelizmente, é uma região que não conheço bem.
Confira nosso fotoguia. Tem detalhes de como chegar: http://goo.gl/ixl3t
E qualquer outra dúvida, é só falar! 😉
Abraço,
Anna
Fiz esse passeio saindo de Piaçabuçu, o roteiro é o mesmo?
Oi Sandro!
Acredito que sim. Muitos fazem o passeio partindo de Alagoas.
De qualquer forma, saindo de SE ou AL, o ponto de encontro onde todos param fica na margem alagoana. Do outro lado,na margem de Sergipe, está o farol alagado, no Povoado Cabeço.
Sou de Minas e moro em Sergipe há quatro anos. Já viajei bastante pelo litoral nordestino e, na minha opinião, as praias de Alagoas são imbatíveis, com certeza as mais bonitas. Além do mais, o turismo ainda não é tão massificado quanto RN e CE, por exemplo. Para quem viaja para o Nordeste, vale muito tirar uns dias para conhecer esse paraíso.
poxa muito bom esta dica …. eu ia agenciar p ir , mas depois de ler vou acabar alugando um carro p fazer esta rota ,,,,,valeu ….
Oi, Paulo!
É bem tranquilo ir por sua conta.
Qualquer dúvida, estou à disposição.
Pode mandar por e-mail se preferir misscheck-in@hotmail.com
Gosto demais desse passeio 😉
Abraço,
Anna
Parabens pelos belos comentarios.Porem para enriquecer ainda mais as informações, convem salientar que na marina da cidade (anexo ao porto principal) existe um restaurante, e uma pousada sobre administração do Sr.Claudio. MAIORES INFORMAÇOES :79 33661000.
Oi Suelington!
Obrigada por fornecer o contato.
Adoro a comida desse restaurante.
Inclusive estou devendo incluir essa informação no post 😉
Abraço,
Anna
Ok.Ana a equipe da marina está e estará ao seu inteiro dispor! Nossa maior satisfação, é quando as pessoas que aqui visitam saem satisfeitas e divulgam sempre positivamente.A mãe natureza agradeçe.
Obrigada, Suelington!
Espero logo logo estar de voltar por aí.
Abraço 😉
show de bola! pretendo ir conhecer esta maravilha toda em dezembro, projeto bodas de prata
Olá, Geraldo!
Torcendo pelo seu passeio 😉
Acredito que você vai gostar muito.
Qualquer dúvida, estou por aqui.
Feliz Bodas de Prata pra vocês.
Abraço,
Anna
show de bola! é um sonho antigo delta + xingó, só não sei se o coração vai aguentar kkk
Só uma observação: Melhor ir para Brejo Grande pela estrada que indica Neopolis. A pavimentação está perfeita e não tem tantos buracos como indo por Ilha das Flores. Sem contar que toda a estrada é margeada pelo rio. Pude constatar hoje, 16/11/2016.
Oi Marcio
Obrigada pela dica.
Da última vez que fomos a Brejo Grande, a estrada por Ilha das Flores estava em bom estado.
Mas bom saber que há outra opção viável.
Abraço,
Anna