Considerada a “Pérola do Adriático”, Dubrovnik faz jus à alcunha. Uma cidade imprensada entre o mar e as montanhas. Uma paisagem única. Limpa, linda e com muito verde. Gente alegre e simpática mesmo com a chuva que – às vezes finas, às vezes mais forte – não cessava.
Apesar do tempo nublado e chuvoso, sua beleza não se abateu. Seu clima já é bem mais confortável que o de Zagreb (única cidade visitada que não está na costa) e a antiga cidade murada é a atração principal. Bares, restaurantes, museus, lojas, igrejas e muitas residências, tudo dentro dos muros que, antigamente, comportavam toda a cidade.
Dubrovnik, apesar de pequena – 50.000 habitantes – possui um aeroporto. E foi por lá, no nosso terceiro destino e quinto dia de viagem, que a bendita mala chegou. Graças ao bom Deus, intacta. Todavia, como já citei no texto sobre Zagreb, fizemos todo o percurso de carro.
E aqui vale um parêntese para a DICA 02: Tanto a Croácia como a Bósnia estão com uma nova e bela autoestrada, a A1. Contudo, apesar de recém-atualizado, nosso GPS não identificava tais rotas (só soubemos de suas existências no meio da viagem), o que nos colocou em algumas situações indesejadas que contarei mais adiante.
De acordo com os próprios croatas, deve-se sempre evitar o alto verão na Croácia. As temperaturas chegam a beirar os 40°C e a quantidade de visitantes deixa as cidades costeiras intransitáveis. Resumindo, maio e setembro seriam as melhores épocas no ano. Se optar por meados de abril ou outubro, por exemplo, vá preparado para não largar o guarda-chuva, ouvir alguns trovões e deixar de presenciar a luz do sol dando um upgrade no colorido da cidade.
Além disso, Dubrovnik é a sensação turística do momento em vários lugares do mundo, sem contar que sempre foi a queridinha do país com suas muralhas, patrimônio mundial da UNESCO desde 1979.
Muitos moradores de Zagreb a propósito, possuem casas de veraneio na cidade e para lá se mudam durante a estação mais quente. Ou seja, de todas as cidades costeiras por onde passamos, ela é a mais concorrida.
Um passeio que sugerimos – além é claro de “bater perna” por toda cidade antiga – é contornar a muralha de cima! Isso é pago. Cerca de R$ 45,00 por pessoa. Mas a vista e o passeio compensam!
É uma caminhada muito particular, vendo o azul imenso do Mar Adriático de um lado e toda cidade intramuros de outro. Inclusive podendo observar casas, escolas e todo aquele dia a dia de uma realidade tão diferente da nossa. Sem contar as fotos que ficam incríveis!
Outro passeio recomendado é o teleférico que vai da parte baixa à alta da cidade. Este não nos foi possível fazer por conta do mau tempo. Inclusive perdia-se em meio às nuvens carregadas de chuva que às vezes pareciam querer nos engolir. A vista desde o topo da montanha tão próxima à costa deve ser de tirar o fôlego.
Quanto a se buscar locais para hospedagem, é importante estar atento a um fato. Em todas essas cidades da costa croata que visitamos (região da Dalmácia), é um tanto difícil encontrar hotéis. A Croácia possui muitos “apartments”, como eles mesmos chamam, que são apartamentos de fato, contam com serviço de arrumadeira, mas não possuem recepção, café da manhã ou qualquer serviço de quarto.
Essa opção de hospedagem é muito encontrada também em Veneza, na Itália, e é uma alternativa pra quem quer pagar um pouco menos e não se incomoda com a falta dos itens acima. Geralmente são administrados por hotéis. Consegue-se informações sobre os mesmos na própria net ou questionando diretamente os hotéis.
Alguns poucos e bons hotéis estão bem centralizados. No meio do “burburinho” como se diz. Porém, tem de se estar disposto a pagar um pouco mais por isso. E vale lembrar que, em sua maioria, esses bem centralizados – sejam hotéis ou apartments – não possuem estacionamento próprio, haja vista a cidade ser pequena e muitas vezes nem permitirem tráfego de carros na região central. Já hotéis maiores, de rede, com estacionamento e outros mimos, ficam geralmente distantes do centro turístico.
Ah! Não se pode deixar de jantar numa das inúmeras e estreitas ruelas dentro das muralhas! Há opções de preços para todos os bolsos. Fora das muralhas há também ótimas opções sempre bem indicadas pelos hotéis.
Os vinhos croatas também fazem sucesso! Não se pode deixar de prová-los. E se porventura estiver com o bolso cheio e pouca fome, ou seja, disposto a pagar, na verdade, pela inigualável vista, a opção mais famosa é o Restaurante 360º, o mais “fancy” do lugar.

Restaurante 360Dubrovnik – Croácia| Imagem disponível em 360dubrovnik.com
Por fim, se tiver tempo e disposição, várias agências e alguns hotéis em Dubrovnik oferecem o passeio de um dia à Montenegro, país vizinho. Kotor é uma cidade também patrimônio mundial da UNESCO e possui os fiordes mais setentrionais do planeta! Budva é uma pequena cidade antiga que se tornou um grande resort também à beira do Adriático. Esta vem se tornando o hit do momento.

Mapa disponível em www.sedeviajes.com
Infelizmente não tivemos tempo hábil para tanto, apesar de termos nos encantado com Montenegro desde as pesquisas no Brasil. Mas sem problema! Deixou o gostinho de quero mais e a promessa de volta!
Texto| Marilda Uchoa
Fotos| Marilda Uchoa e Hilton Rocha
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Coisa linda, minha gente! Amando os posts da Marilda 😉
Uma resposta para “DUBROVNIK – CROÁCIA por Marilda Uchôa”