Uma das primeiras coisas que você descobre ao enveredar pelo interior da Argentina é que há mais magia sobre alfajores do que supõe nossa vã filosofia. E eu confesso que nem estava muito atenta a esse fato até, na volta do supermercado, ser magneticamente atraída pela beleza dessa fachada:
La Costanera, uma ‘fábrica’ de alfajores cordobeses com quase um século de tradição. Fundada em 01 de maio de 1927 pelo imigrante italiano Pedro Cecchi, conserva – no n. 33 da Av. Chacabuco – a decoração clássica e parte da mobília original do início do século XX.
Com tanta história, para mim nem precisava ter doce, mas as vitrines, com alfajores cuidadosamente embalados em papel de seda, são realmente um convite.
Quem tem em mente os alfajores da Havanna, vai estranhar as formas. E a magia, que citei no início, está exatamente aí. As receitas tradicionais de alfajores foram trazidas por imigrantes que se espalharam pelo interior da Argentina. Como resultado, cada região acabou desenvolvendo suas receitas e o doce ganha um traço típico em cada província.
Em Córdoba, Pedro Cecchi colocou em prática suas receitas de confeiteiro e, por quatro gerações, seus herdeiros mantêm a produção artesanal. Os alfajores continuam sendo feitos um a um, recheados manualmente e, por isso, são vendidos no peso (já que um nunca é exatamente igual ao outro).
Os recheios variam do tradicional doce de leite argentino a doces de frutas da região, como maçã, pêssego e marmelo. Mas a diferença mesmo está na massa (ou capas). São tipo biscoitos, de sabores e texturas variadas, cobertos com açúcar cristalizado.
Na minha doce opinião, o requinte e a história valem o preço salgado. Além disso, no dia seguinte, surpreendidos por uma viagem de 11 horas sem nenhuma parada para refeição, devoramos nossa caixa de alfajores como camelos que encontram um oásis. Por conta disso, acabamos criando uma relação afetiva com nossa caixinha. < quem já passou onze horas sem comida, talvez nos entenda rsrs > Contamos os detalhes dessa viagem aqui.
ENDEREÇO: Av.Chacabuco, n. 33, próximo a esquina com a Rua San Jeronimo – Córdoba.
HORÁRIO: Segunda a sexta – 9h às 19h/ Sábado, domingo e feriados – 8h30 às 13h.
CURIOSIDADE: atribui-se a atual concepção do alfajor ao químico francês Augusto Chammas, que fundou em Córdoba, no ano de 1869, a primeira fábrica da guloseima na Argentina. Hoje, a marca conta com várias lojas em Córdoba e em outras cidades (inclusive Buenos Aires). Vale a pena conhecer o pioneiro alfajor argentino. Saiba mais no site www.alfajoreschammas.com
– A La Costanera está a algumas quadras do apartamento onde ficamos. Tem post contando tudo sobre nossa hospedagem aqui.
– De Córdoba, fomos de ônibus para Mendoza. Saiba mais nos posts:
– O Básico de Mendoza – Dicas úteis.
– Tour Alta Montanha – o passeio pela Cordilheira.
– Confira nossas dicas curtinhas e rapidinhas no Instagram @misscheck
Todas as dicas dessa viagem estão na hashtag #argentinanomiss
As dicas de Córdoba você encontra na hashtag #cordobanomiss
E as dicas de Mendoza na hashtag #mendozanomiss
Que coisa incrível. Deu vontade de voltar para Córdoba correndo hehe
Aconteceu o mesmo comigo rsrs
Escrevendo o post e morrendo de saudade, Roberta 🙂
Abraço,
Anna