Museu da Memória (Museo de La Memoria) – CÓRDOBA.ARGENTINA

29 nov

Na Praça San Martin, a estreita passagem entre a Catedral e o Cabildo – Pasaje Santa Catalina – é o discreto endereço do que considero o museu mais eloquente de Córdoba, Museo de La Memoria.

A Pasaje Santa Catalina liga a movimentada Plaza San Martin a Plazoleta del Fundador, nos fundos da catedral local que homenageia Jeronimo Luis de Cabrera, fundador de Córdoba no ano de 1573 >.

Entre uma praça e outra, no n.64 da ruazinha, uma casa de fachada simples guarda um dos capítulos mais sombrios da história argentina.

O Museo de la Memoria, na década de 70, foi o Departamento de Informações  da Polícia de Córdoba (D2) e, no auge da ditadura, funcionou como centro clandestino de detenção, tortura e extermínio na Província.

Policia - D2 - Museo de la Memoria - Córdoba - ARGENTINA

Como divisão especial da Polícia Provincial, o D2 foi criado para perseguir e capturar os “subversivos” e, segundo documentos levantados pela Comisión y Archivo Provincial da Memória, entre 1971 e 1982, 20.000 pessoas passaram pelo Departamento.

As paredes permanecem intactas e revelam, estáticas, os ‘porões’ sujos de um regime cruel e opressor.

Em silêncio, observamos cada detalhe, cada porta cerrada e os depoimentos (pavorosos) espalhados pelos corredores deteriorados.

As antigas salas de interrogatório e tortura hoje homenageiam os ‘desaparecidos’.

Fotos desaparecidos - Museo de la Memoria - Cordoba

Fotos de cada um daqueles que nunca mais tiveram a chance de retornar para seus lares, para suas histórias. E os objetos que deixaram para trás, que integram a exposição permanente do museu, ajudam a contar as vidas que ficaram pelo caminho.

Logo na entrada, a curiosa “biblioteca dos livros proibidos” recupera livros e textos de autores  censurados em diferentes períodos políticos.

Em frente à biblioteca, permanece o que restou do muro erguido no final do regime para dificultar o reconhecimento do local pelos sobreviventes.

Muro - Museo de La Memoria - Cordoba - ARGENTINA

Um lugar mórbido e inquietante, mas extremamente valioso como registro histórico. Uma viagem aos momentos de profunda agonia dos ‘presos políticos’. O museu é uma retomada agoniante e necessária dos excessos daquele período.

ENDEREÇO: Pasaje Santa Catalina, n.64, (rua entre a Catedral e o Cabildo na Plaza San Martin), Centro de Córdoba.

VISITAS: GRATUITAS/ Aberto de terça a sexta, das 10h às 18h.

SITE: www.apm.gov.br

TELEFONE: +54 (0351) 4342449

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