Planejando a primeira viagem a Paris?
Sentindo-se encurralado por tanta informação, tipo noiva às vésperas do casamento?
Quanto mais você procura, quanto mais você pesquisa, mais indecisão vai acumulando no peito?
Sim! Quase todo mundo passa por isso.
Meses antes da viagem, eu estava nessa vibe louca de ‘noiva’ <mesmo sem nunca ter casado> olhando vários hotéis; passeando via google street view pelas ruas de alguns deles; olhando preços; localização; milhares de fotos e comentários de hóspedes. Mas nada do que tinha visto trazia a sensação que eu buscava… a de estar integrada àquele charme vintage do cotidiano de Paris.
De repente, no meio de tanta pesquisa, encontrei a foto de uma pracinha arborizada agraciada por uma fonte wallace. Vi a placa “Timhotel” entre as árvores. Aumentei a imagem, conferi a localização, joguei no Google e lá estava o resultado: TimHotel Montmartre – Praça Émile Goudeau, na Colina de Montmartre, 18º arrondissement.
Sim! Várias pessoas me indicaram vários hotéis e várias coisas próximas aos ‘seus’ hotéis. Mas eu buscava uma experiência bem minha e ninguém havia me dito nada sobre o Timhotel Montmartre.
Sobre Montmartre, ouvia que era longe, que era inseguro e alguns ainda temperavam a informação com a citação de que era uma área de prostituição. No meu lúdico imaginário, entretanto, Montmartre era apenas o bairro de Amelie Poulain, le petit Nicolas, Picasso, Van Gogh e do Moulin Rouge. Por isso desembarquei, por conta e risco, no Timhotel. Ponto.
O que posso dizer, particularmente, sobre minha experiência: Montmartre é o lugar onde deixei meu coração em Paris. Essa é uma opinião muito pessoal? Sim, claro, mas é a única que tenho sobre o bairro e sobre o Timhotel Montmartre.
O HOTEL
Veja! Eu não buscava um hotel luxuoso, um quarto super confortável ou um café da manhã de buffet quilométrico. Se essa é sua pretensão, esse não é um hotel pra você < talvez o Novotel Les Halles, por exemplo, se encaixe melhor nos seus planos>
O Timhotel é muito simples – três estrelas, em um prédio antigo – os quartos são pequenos e os banheiros menores ainda.
Mas são limpos, com decoração suave e objetivamente confortáveis. Além disso, aconchegante, e particularmente agradável, após um dia inteiro de andanças pela cidade, descansar em uma daquelas janelinhas de Paris, como se morador fosse.
Sobre as diárias, não estão entre as mais baratas, mas, no geral, a Rede Timhotel oferece preços razoáveis e o Timhotel Montmartre, no conjunto, garante um ótimo custo-benefício. Chegando lá, de bônus, você vai notar que a localização é meio que… encantadora.
O café da manhã é bem resumido, o salão é pequeno, mas são oferecidos croissants e brioches e pãezinhos frescos e deliciosos, o básico perfeitinho de qualquer boulangerie.
Talvez por esses comentários de que Montmartre não é seguro e tal e tal, o hotel não era muito frequentado por brasileiros. Os hóspedes, em sua maioria, eram europeus < com aquela salada de frutas de idiomas e cabecinhas loirinhas em sóbrios pullovers très chic. Por isso também, fique atento à diferença de comportamento. Terminada a refeição, todos os hóspedes, sem exceção, recolhem suas bandejas e depositam em um suporte no canto do salão. Se você não fizer o mesmo, corre o risco de levar um ‘carão’ da copeira. O Hélio, indisciplinado, levou 😛 >
MONTMARTRE
Sobre se hospedar em Montmartre: se você aprecia História, Arte e também curte vivenciar o cotidiano das cidades que visita, creio que Montmartre é bem o seu lugar.
Em Montmartre Van Gogh viveu na Rua Lepic (com roteiro aqui) e de lá pintou sua vista. Picasso também morou por lá, nada mais, nada menos que no simplório prédio Bateau Lavoir, coladinho no Timhotel Montmartre, na simpática Praça Emile Goudeau.
Saindo da praça pela escadaria na lateral do hotel, em uma curta linha reta você chega à Rua des Abbesses, onde está a Estação de metrô Abbesses, na Praça Abbesses, endereço do famoso muro do “Eu te amo!”.
Por ali, diversas opções de cafés, pequenos bistrôs, sanduicherias, frutarias e lojinhas interessantes enchem as ruas.
Tentamos variar pra conhecer um pouquinho de cada portinha da vizinhança e entre nossos preferidos ficou a Pizzaria La Pignatta, bem próxima a Praça Abbesses. Boa comida, ambiente agradável e preços atrativos.
Seguindo pela Rua Abbesses, na direção oposta à estação de metrô, chega-se a Rua Lepic, também cheia de vida, boa comida e lojas graciosas, inclusive o café onde, no filme, trabalhava Amelie Poulain. Veja como chegar ao Café aqui.
Há alguns passos da esquina da Rua Lepic com a Boulevard de Clichy, cintila há alguns séculos o Moulin Rouge, quase em frente à Estação de metrô Blanche (conheça esse roteiro aqui).
Voltando tudo e de volta ao Hotel, agora subindo a Praça Émile Goudeau, pela Rua Ravignan, em uma curta caminhada chega-se ao coração de Montmartre, em meio àquelas ruazinhas cheias de souvenires, cafés, pinturas, crepes e biscoitos. Pelas ruelas, envolvido na atmosfera do bairro, em cinco minutos você estará na icônica “Place du Tertre”, famosa por seus artistas de rua, com suas pinturas de rua e caricaturas a gosto do freguês.
A Place du Tertre, por sua vez, está na lateral da imponente Sacré Coeur.
E se hospedar na Colina de Montmartre é isso! É ficar na vizinhança borbulhante e charmosa da Place du Tertre e estar pertinho da Sacré Coeur, sem precisar se aventurar pelas escadarias lotadas que levam à Igreja (confira o roteiro de como chegar à Sacré Coeur sem escadas aqui).
Sobre a insegurança, posso garantir que a colina é sempre movimentada, cheia de turistas e locais que lotam as ruas, cafés e restaurantes do Bairro. Aos pés da escadaria, sempre rola aquele golpe chato da fitinha, o que, por sua vez, não torna a escadaria inviável, mas à noite, prefira chegar e sair de Montmartre por dentro da colina, tipo, da Estação Abbesses (ou Estação Pigalle).
Do outro lado da colina, depois do Moulin Rouge, descendo a Boulevard Clichy, no sentido oposto à esquina com a Rua Lepic e Estação de metrô Blanche, há vários cabarés e sexy shops. De dia, são apenas vitrines mais ousadas e chamativas. À noite, você pode evitar esse trecho e se concentrar do Moulin Rouge pra cá (vindo em direção a Lepic). Assim vai notar que a noite de Montmartre é mais segura e familiar que a noite de muitas cidades brasileiras. Confira as direções indicadas no mapa:
Sobre Montmartre ser longe… Certo… Pode ser um dos pontos turísticos mais afastados da cidade, mas Paris é uma cidade grande e seus pontos turísticos são bem espalhados. Provavelmente, qualquer lugar que você escolher será muito próximo de alguns pontos e distante de outros. Para todas as distâncias há um sistema de metrô que interliga toda a cidade e resolve de maneira eficiente sua questão de locomoção (confira como usar o metrô de Paris aqui).
INFORMAÇÕES ÚTEIS
– Tomadas 110v, no padrão europeu. Certamente, você vai precisar de adaptador universal de tomadas (item indispensável na sua mala)
– O prédio do hotel, apesar de antigo, conta com elevador. O terraço garante uma vista linda da colina e os quartos do último andar são mais caros, mas também têm vista privilegiada
– Wifi disponível nos quartos.
– Não tem estacionamento e não há como chegar de carro na ‘porta’ do hotel, pois, por um lado, o acesso à Praça Émile Goudeau é por escadas e, no lado oposto à escadaria, o acesso de veículos se encerra no encontro da Rua Ravignan com a Praça.
– A Rede TIMHOTEL tem várias unidades espalhadas por Paris e os preços variam de acordo com a localização.
Mais sobre Paris e Montmartre:
– Roteiro fácil para a Sacré Coeur
Tudo o que você vai encontrar em Montmartre no site www.montmartre-site.com
Desde abril de 2015 somos parceiros do TicketBar, site especializado na venda on-line de ingressos e passeios em várias cidades do mundo. Por lá você vai encontrar:
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