26/12/2011 – No nosso um dia em Colônia del Sacramento, tinha no meu guia de bolsa apenas uma indicação de restaurante na pequena cidade. Decidi então que não iria ficar correndo atrás da indicação do guia e iria deixar que alguma portinha me conquistasse. Foi exatamente o que aconteceu quando me deparei com aquelas mesinhas cobertas com toalhas coloridas de bolinhas, dispostas sob as copas encorpadas de duas árvores generosas. Pronto! “Vamos almoçar aqui”.
Assim que sentamos, fui buscar o nome do restaurante escolhido e aí a surpresa: era o El Drugstore, exatamente o restaurante indicado no guia… Ô! Fazer o que? Pura sintonia!
As toalhas de bolinhas, panelas ornando a fachada, a agradável sombra das árvores e almoçar de cara com a Igreja Matriz (Basílica do Santíssimo Sacramento). Esse conjunto, por si só, já tornaria o El Drugstore um cantinho sedutor.
Mas além disso, o restaurante ainda chama a atenção pela decoração bem humorada do salão e pela criatividade do cardápio, tudo compondo uma atmosfera pop art.
E as surpresas continuam. Note a presença de um piano em cima dos banheiros:
Mas como beleza não põe mesa, vamos aos fatos. De cara, somos recebidos com uma entradinha (cubierto, no idioma local), toda faceira, com cara de cortesia. Pãezinhos e uma manteiga com ervas. Nada demais, mas turista tem disso, acha tudo uma delícia.
No embalo, ainda pedi uma porção de croquetas de queijo. Sequinhos e macios, básicos:
Como prato principal, vou ser bem sincera com vocês, não pesquisei nada sobre Colônia, até porque decidimos a viagem de supetão, de uma hora para outra, já em Buenos Aires. Assim, o que acontece: sabia lá qual era o prato típico da cidade? Fui de camarão mesmo! Escolhi um camarão ao molho de limão (nº 7), acompanhado de arroz.
Não foi o melhor camarão da minha vida, mas estava bacana, molho legal e arroz soltinho. O Hélio pediu a tal da Cazuela de queijo parmesão, ovos e tomates frescos (nº 14). Essa realmente surpreendeu. Simples e saborosa. Recomendo.
Cazuela é um prato típico dos hermanos de colonização espanhola. É algo tipo um ensopado e pode ser feito à base de ave, carne bovina ou qualquer outra coisa, como acontece no El Drugstore, que mistura na panelinha queijo, ovos e tomates.
No final, já com as barriguinhas equipadas, la cuenta:
Vamos por partes:
– Primeiro, note que a entrada (cubierto) não é cortesia, mas é baratinha, custa 30 pesos uruguaios por pessoa.
– Segundo, tinha uma musiquinha ao vivo rolando, com um cantor engraçadíssimo, usando o mesmo corte do Evo Morales e cantando uma misturada de Roberto Carlos e Julio Iglesias. Bacana! E o pagamento, como aparece na conta, é opcional. Entendemos que seria mais elegante de nossa parte pagar.
– Lá pelo meio, mais uma informação importante para o seu orçamento: o serviço também não está incluído. Mais uma vez, #ficadica de que a atitude mais elegante e adequada é acrescentar algo em torno de 10 a 15%.
– E, no finalzinho, note que o valor total da conta vem em três, digamos, idiomas monetários: pesos uruguaios, pesos argentinos e dólares. Acredita que esqueci de perguntar se aceitam cartões? Mas o câmbio é favorável.
NO MAIS…
– Localização: o El Drugstore fica na esquina da Calle Portugal com Calle del Gov. Vasconcellos, bem em frente a Basílica do Santíssimo Sacramento, ao lado da Plaza de Armas.
– Depois descobri que o forte do restaurante são os pratos a base de mariscos e que o filé de salmão ao molho de camarão é superindicado. Outra dica é aproveitar a oportunidade para apreciar uma das cervejas uruguaias que o restaurante oferece no cardápio.
– Para mais informações sobre restaurantes em Colônia, clique aqui.
– Todas as informações deste post, inclusive sobre o câmbio, são relativas ao período em que estivemos na cidade – 26 de dezembro de 2011.