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Identidade Brasil – uma charmosa opção de hospedagem em Cachoeira.BA

21 jul

Eu acredito que todos que chegam a Cachoeira buscam, basicamente, o mesmo kit: Cultura, História e Arte. Assim, para os mais afoitos com a possibilidade de vivenciar uma experiência historicamente intensa, o Casarão Amarelo é o lugar ideal para se hospedar.

O Casarão, hoje aos cuidados da Rosangela Cordaro, data do século XVII e, não bastasse o acúmulo de centenários que guarda em suas paredes, ainda está localizado no coração de Cachoeira, de cara para o prédio da antiga Cadeia, outro prédio com mais alguns séculos de vida.

Praça da Aclamação e Antiga Cadeia – Vista do Casarão Amarelo
(imagem do Instagram do MissCheck-in)

O elegante sobrado abriga o Identidade Brasil, um projeto de valorização da cultura local – do artesanato à culinária.

Vitrine do Identidade Brasil

Para tanto, no térreo, funciona um agradável e colorido Bistrô que serve pratos da culinária local – sempre com um toque gourmet –   em meio a uma boutique de artesanato, com peças produzidas na região do Recôncavo Baiano.

A parte destinada à hospedagem está instalada no pavimento superior. Como prédio tombado, o estabelecimento oferece poucos quartos. Apenas dois são suítes – suíte vermelha e suíte azul. Os demais, muito confortáveis e bem decorados, contam com banheiros privativos, mas fora dos quartos:

QuartoCosmeDamião e banheiros privativos - Identidade Brasil

Por R$195,00 (valor em julho de 2013 para uma diária em quarto duplo),  ficamos instalados na suíte vermelha, a melhor da casa.   O quarto conta com uma minicozinha e alguns utensílios para uma refeição de improviso, conjugado com uma charmosa antessala que fazem a prévia para o “dormitório”.

Já neste cômodo, devidamente acomodados, fomos recebidos por  uma cama romântica  e um banheiro rústico, que arrematam o cenário de obra literária do século XIX (quebrado apenas pela presença da  TV LCD com PAY TV… inconveniências da modernidade ihihihih).

A vista das janelas do quarto retoma a viagem no tempo, no desenho dos prédios seculares de Cachoeira:

Pra finalizar, basta dizer que todo o casarão fica a nosso dispor. Sua sala ampla de janelas generosas:

E  sala de jantar e cozinha com vista para as torres da Igreja Matriz, cujo tilintar dos sinos ressoa há pouco mais de 300 anos:

Torre Igreja Matriz - Cachoeira

Na mesma sala de jantar é servido o café da manhã. Informamos o horário que pretendíamos tomar o café e, no horário combinado, uma mesa farta nos aguardava, com frutas, queijos, pasta de atum e queijo branco (divina), abóbora caramelizada, iogurte, granola e por aí vai. Bonita e gostosa, como a vida deve ser 😉

Café da Manhã - Casarão Amarelo - Identidade Brasil - Cachoeira

BOM SABER QUE…

– O casarão tem internet  wi-fi, apesar do sinal pegar melhor na sala que no quarto. Mas está valendo. Acessei meu e-mail e redes sociais sem problema.

– As tomadas no novo padrão (três pinos redondos), 110v.

– A recepção não funciona 24h. Além da chave do quarto, eles também entregam a chave do portão, para que você entre e saia quando quiser, totalmente independente, como se  morador fosse. Pode não agradar a todos. Nós gostamos dessa independência

INFORMAÇÕES BÁSICAS

Endereço – Identidade Brasil – Rua 25 de Junho, nº 04, Cachoeira/BA. Resumindo: praticamente no Largo da Aclamação, na Rua que liga esse largo, onde está a Antiga Cadeia, à Praça da Independência, já às margens do Rio Paraguaçu.

Contatos –  telefone – (75) 9140-0946.  Fan page do Identidade Brasil aqui.

Site e E-mailhttp://www.identidadebrasil.com.br /  identidadebrasil@uol.com.br

Loja e Bistrô –  para quem não vai se hospedar, imperdível conhecer a loja e o bistrô. Confira os horários de funcionamento:

– Todas as informações deste post, inclusive valores e horários, referem-se a julho de 2013.

– Para conhecer outra opção de hospedagem em Cachoeira, leia nosso post sobre a Pousada Mirante do Rio;

– Para conhecer nossas dicas de restaurantes por lá, leia também Na ponta do garfo – Cachoeira.BA .

Mais fotos do Identidade Brasil e de Cachoeira  no nosso instagram:

Instagram do Miss - Cachoeira.BA

😉

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Na ponta do garfo – CACHOEIRA.BAHIA

7 abr

Cachoeira é uma pequena cidade baiana que abriga, entre ruas, casarões e ruínas, algo em torno de 500 anos de História.

Pura História, em prosa e verso.

E alguns fios desonestos.

Mas, como nem só de História vive o homem, na hora de comer, várias dessas portinhas datadas de alguns séculos atrás se abrem, forram as calçadas de mesinhas e aguardam pacientes a chegada dos comensais.

Assim, uma vez em Cachoeira, escolha sua portinha e vá procurando um lugar pra sentar.

Nós fomos puxados pelo charme eloquente de um sobrado do século XIX:

Restaurante (e Apart Hotel) Aclamação que, como o nome sugere, fica no Largo da Aclamação, bem em frente à antiga Casa da Câmara e Cadeia Municipal, no miolo histórico onde todo mundo se bate, seja forasteiro ou local.

Largo da Aclamação – antiga Cadeia Municipal – Cachoeira – Bahia

Uma olhada rápida no cardápio e fomos de cara na moqueca de camarão. Em uma espera não tão rápida assim, ela chega toda trabalhada no dendê, com foguinho e tudo:

Demora um pouco e, se você for do tipo paulista que está acostumado com tudo pra já, não se irrite, respire fundo, sorria, você está na Bahia e, depois da espera, entregue-se sem medo aos prazeres dessa moqueca:

Tudo perfeito, mas o pirão (aí, à direita na foto), em ponto de polenta, me ganhou pra sempre (amo polenta, talvez seja isso…). O prato da foto equivale a meia porção, opção disponível no cardápio para todos os pratos.

Moqueca de Camarão – meia porção – com guarnições – R$ 36,00.

Ao final, a conta, com duas cocas de 1 Litro, fechou em R$ 59,00 (preços praticados em março de 2013). Chato mesmo foi ter que se despedir da nossa companheirinha no jantar. Lindinha por demais.

No dia seguinte, apesar de amar a Pousada onde nos hospedamos, sempre fica aquela vontade de curtir a Pousada do Convento, estabelecida no complexo religioso do Carmo – Convento e Igreja – datado de 1715.

Para quem não está hospedado, dá pra curtir um pouco desse santuário histórico sentadinho na varanda do Restaurante da Pousada – Confraria – com vista para o átrio do Convento e a torre da Igreja.

A comida, vá por mim, demora de verdade, tanto que, ao entregar o cardápio, o próprio garçom faz essa ressalva.

Mas, de novo, sorria e, de sorriso e peito aberto, caminhe pelo convento e pense que aquelas paredes estão ali há exatos 298 anos (sua espera vai durar bem menos que isso).

Nosso strogonoff de camarão chegou divino. Para acompanhar, apenas batata palha e uma porção de vatapá, delícia, que pedimos à parte (nada de arroz, que, vamos combinar, é a cara de strogonoff… Falha técnica).

E uma conta razoável? Não sei. Como estávamos quebrados, acabou caindo como uma bomba na nossa mesa… Mas, lá vem o mantra: sorria, você está na… Então. Sorria sempre 😉

No final de abril (2013) retornamos e, dessa vez, acrescentamos ao pedido uma casquinha de siri, imperdível 🙂

E o Peixe Português. Muito bom também, mas acredito que aquele caldinho de pimenta (que acompanha a casquinha), lá no cantinho da foto, fez toda diferença.

Voltando ao tema de orçamentos estreitos e achatados, para suavizar os gastos, terminamos a noite do jeito que mais gostamos, acomodados numa boa e velha pizzaria. Velha mesmo, já que a pizzaria que escolhemos, Shambhalah, fica, inevitavelmente, em mais uma daquelas casinhas coloniais datadas de mil oitocentos e lá vai, bem em frente ao Convento.

A pizza, toda bonitona, tinha tudo pra dar certo, não fosse o ponto extremamente crocante da massa. Eu, particularmente, prefiro pizzas de massa macia, o que, por sua vez, não é motivo para tirar a Shambhalah (cheia de H) da lista de dicas.

Ainda mais que, agora, sorria de verdade, a conta foi uma delícia… kkkk

Mas se quiser economizar mesmo e comer bem, a dica é o macarrão da Garagem.

A portinha oferece fast massa com molho temperado à sua escolha, o Spoleto de Cachoeira. O tempero é uma delícia e, por R$ 8,00 (preço em abril de 2013), você tem uma porção generosa de macarrão feito rapidinho, mas no capricho.

A GARAGEM fica na praça do chafariz:

Na direção oposta à Santa Casa de Cachoeira.

Praça do Chafariz (ao fundo, Santa Casa de Cachoeira.BA)

Melhor que isso, só uma caminhada tranquila pelas ruazinhas barrocas de Cachoeira e terminar o dia à beira do rio, iluminado pelas luzes de São Félix, na outra margem do Paraguaçu, praticamente uma  Vila Nova de Gaia… Eh-eh!

– As informações deste post, inclusive valores, referem-se a março de 2013.

– Mais informações sobre a Pousada e Restaurante do Convento aqui.

– O Restaurante Aclamação também é Apart Hotel. Mais informações aqui e Fan Page do Restaurante aqui.

– Para saber sobre a Pousada onde nos hospedamos em Cachoeira, leia também o post Pousada Mirante do Rio.

Pousada Mirante do Rio – CACHOEIRA.BAHIA

2 abr

Um lugar pra realmente esquecer de tudo, isolar-se do mundo e dormir com o cri-cri dos grilos. Isso resume a Pousada Mirante do Rio.

Chalé da Pousada Mirante do Rio - Foto do Eduardo Morais, disponível na Fan Page da Pousada.

A estalagem, escondida e ainda pouco conhecida, fica no município de Cachoeira, às margens do Rio Paraguaçu, a 2 km do Centro Histórico da cidade.

Cachoeira e Rio Paraguaçu – Bahia – Foto de Eduardo Morais.

Cachoeira/BA, por sua vez,  fica na BR-101, a 35 km de Feira de Santana, sentido sul, e a pouco mais de 100 km de Salvador.

Voltando à Pousada, pra curtir sua estada,  indispensável saber que:

Primeiro: as instalações são muito, muito, muito simples.

Segundo: pousada mesmo, tal qual conhecemos, não é bem o que te espera. Não conte com uma recepção 24h ou com funcionários treinados aguardando por v0cê. Nada de serviço de quarto, telefone, interfone, ar-condicionado ou internet wi-fi.

Toda receptividade se resume ao Tóta, o único funcionário que, na verdade, é meio que o caseiro do lugar. Mas, se você acabou de ler isso e entortou o bico, saiba que, com o passar dos dias, vai perceber que ele é melhor que muito recepcionista poliglota que se acha por aí.

Tóta… Sorriso largo, cuscuz quentinho e simpatia todas as manhãs.

A pousada se resume em um pequeno pedaço de terra com três chalés…

E um sobradinho onde o Tóta fica, tipo a sede da “fazenda”:

Os quartos são simplórios, apenas com o básico:

Para refrescar, só ventilador de teto… Ops… de telhado:

Mas o chuveiro quente funciona e uma pequena cozinha, com pia e frigobar, também facilitam sua vida.

Televisão tem. Sintonizar que é o grande desafio (nós não conseguimos). As tomadas, 110v, todas no novo padrão:

A entrada da Pousada não tem muito protocolo nem sinalização. Apenas uma placa discreta e, logo depois, uma cancela de arames que você mesmo abre e fecha ou não fecha, fica a seu critério.

Com essa descrição, nosso objetivo é apenas um: não permitir que você chegue no lugar certo com as expectativas erradas.

Vista de Cachoeira e do Rio Paraguaçu – Pousada Mirante do Rio – Cachoeira.

Sim! Porque o lugar  e a vista fazem tudo valer a pena e não seria justo penalizá-lo pelo fato de não oferecer lençóis de algodão tipo exportação ou sabonetinho de erva-doce no banheiro.

A proposta, na verdade, é aquela mesma da música… Tipo… ♫♪.•*Na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê *♫♪. Então. Esqueça os padrões, mergulhe na paisagem e curta sua casinha de sapê!

Entendendo isso, vai perceber que a Pousada Mirante do Rio é um refúgio e não um empreendimento hoteleiro.

Um lugar para não fazer nada e passar o tempo  observando o jantar das lagartixas, cuidando de engolir todo e qualquer bichinho voador que caiba em suas boquinhas gulosas.

E, no dia seguinte, acordar ao som dos passarinhos…

No horário definido por nós, o Tóta vem, aos pouquinhos, montando a mesa de café da manhã. Ali mesmo, na varanda do chalé, com direito a cuscuz, ovos mexidos, suco de mangas fresquinhas e à brisa do Rio Paraguaçu.

Aí, vem a grande questão: quem precisa de cama king size quando se tem um café da manhã assim?

O maior luxo, às vezes, é se permitir viver de forma simples. Por essas e outras, levando em consideração nosso estilo de vida sem qualquer apego a estilo, a Pousada Mirante do Rio está no “Top Topo” das melhores pousadas das nossas vidas.

Não bastasse isso, não é apenas uma questão de buscar o lugar ideal, mas, mais que isto, buscar um lugar com o preço ideal.  A diária de R$ 100,00 caiu como uma luva no nosso orçamento sem açúcar, sem gordura e descafeinado. E isso porque era Semana Santa e fiz a reserva horas antes de viajar. Em dias normais, inclusive finais de semana, a diária cai para R$ 80,00 (preços praticados em março de 2013). Um achado!

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

– Contato: para fazer a reserva, liguei para os telefones da pousada indicados no site. O Eduardo, dono do lugar, prontamente me atendeu e agilizou a reserva. O caso é que, quando chegamos lá, o Eduardo não estava e o Tóta, que nos recebeu, não sabia da nossa chegada. Ideal mesmo, ao acertar com o Eduardo, é pedir o telefone do Tóta e também confirmar com ele (pelo menos é o que faremos na próxima vez).

Acesse o site aqui e o Facebook do Eduardo aqui. E ainda tem a fan page da Pousada, aqui também.

Localização: a Pousada fica em Cachoeira, mas a cerca de 2 km do centro histórico da cidade. Até pensei em fazer um fotoguia de como chegar, mas são tantos vira aqui e ali que, o melhor mesmo, é ir perguntando. Para tanto, pra não chegar sem nenhuma referência, dá para ter uma noção da localização pelo mapa abaixo, disponível no site da pousada:

Em razão da localização, o ideal mesmo é chegar durante o dia. Para quem não conhece, o lugar é difícil de achar, fácil  de se perder e escuro de doer à noite.

–  Segurança: Como policiais, acabamos, inevitavelmente, sendo meio paranóicos com segurança. Chegamos lá à noite. Tudo muito escuro, no meio do nada e nenhum item de segurança, tipo muro, portão, cerca elétrica ou coisas do gênero. Acabamos ficando surtados com qualquer barulho que viesse do mato. Depois, quando fomos percebendo que os vizinhos dormiam com as portas abertas e ninguém na região usava grades,  correntes ou cadeados, percebemos que nossa paranóia destoava da tranquilidade do lugar.

O que levar: Para não ser pego de surpresa, leve seus itens de higiene pessoal (sabonete, shampoo, pasta de dentes, cotonete, etc). Caso esqueça alguma coisa, se pedir ao Tóta, ele sai correndo pra comprar, mas se quiser se virar por sua conta, pode ir à Mercearia Caquende, que costuma abrir até nos feriados (até as 12h nesses casos – não abre aos domingos).

Repelente também pode ser necessário, embora, no período em que estivemos lá, os mosquitos não deram as caras (talvez pelo competente trabalho realizado pelas lagartixas kkkk)

– Pela distância do centro de Cachoeira, estar de carro (ou moto) é totalmente necessário. Pelas ladeiras, que se estendem como paredões no caminho da Pousada, acho que até bicicleta é complicado. Mas, caso goste de andar, fique ciente que são 2 km até o centro histórico.