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Querubim Bistrô – TIRADENTES.MG

30 nov

28/10/2011 – Querubim Bistrô foi mais uma grata surpresa em nossas buscas gastronômicas por Tiradentes. Na verdade, saímos da Pousada e erramos o caminho, quando então nos batemos com essa placa:

Acompanhando a seta, chegamos a esta charmosa entrada, iluminada por duas “tochinhas” (sei que tem outro nome, mas prefiro chamar de tochinha, certo?).

Pronto! Gostamos e decidimos ficar por ali mesmo. O ambiente  nos agradou de cara e o charme da decoração surpreendia nos detalhes. Alguém viu uma bicicleta?

O atendimento, em se tratando de Minas, como sempre serei repetitiva neste quesito, impecável. A Sônia, dona do restaurante, é pura simpatia.

Apesar de estar em Minas, fugi do protocolo regional e arrisquei na cozinha internacional também oferecida no cardápio.

Pedi um salmão ao mel. E aí, o arremate da nossa opinião. A comida é perfeita:

A porção é individual e não é barato, mas vale a pena. O salmão estava divino, com um molho de mel e alecrim que vou te contar. Acompanhado de arroz com nozes e purê de batata baroa. Perfeito.

Salmão ao mel – porção individual – R$ 47,00.

O Hélio, que antes de sair da Pousada se empanzinou com o rocambole que trouxemos de Lagoa Dourada, estava de barriga cheia… Ô… Pediu apenas uma entrada. Um tomate aos quatro queijos que… Tenho que ser repetitiva nesse quesito também… Vou te contar! Lindo, cheiroso, perfeito! E agora ele quer que eu tente fazer um igual aqui em casa. Ôh dó!

Tomate a quatro queijos – unidade – R$ 5,50.

O restaurante é coisa recente. Quando estivemos lá, no final de outubro(2011), tinha apenas dois meses de funcionamento. Mesmo assim já era um sucesso e, a depender do dia, é preciso reservar:

Além do salão, onde ficamos, há mesas na área externa, iluminadas por tochinhas. Um charme (não rolou foto porque nossa câmera não estava atendendo às nossas expectativas noturnas). Além disso, também há uma salinha de espera e brinquedos para distrair as crianças.

A Sônia ainda fez questão de nos apresentar a cozinha. Aquele salmão elegante e metido, servido no padrão de qualquer restaurante granfino de capital é feito no bom e velho fogão à lenha, figurinha carimbada da cozinha mineira.

E na hora de ir embora, quando fechávamos a conta, umas garrafinhas me chamaram a atenção:

Cachaça Querubim Bistrô, feita em alambique próprio, nos fundos do restaurante. R$ 5,00. Levei uma de lembrancinha, claro! 😉

Cachaça Querubim – R$ 5,00.

E levei também o par do joguinho americano, igual aos que decoram as mesas do bristrô – R$ 30,00. Sim! Também tem artesanato local para vender no restaurante. Já pensou? Comida e compras. Uaiê! Combinação explosiva para o orçamento.

Peças artesanais à venda.

Jogo americano – R$ 30,00 (duas peças).

– Como aparece no cartão, o Querubim Bistrô fica na Rua Pedro Lourenço Costa, no Parque das Abelhas. Para quem vem do Centro Histórico, ele fica a duas quadras da rua da Pousada Arraial Velho.

– Por enquanto, pagamento só em dinheiro.

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Panela de Minas – TIRADENTES.MG

27 nov

28/10/2011 –  O Panela de Minas foi nosso primeiro contato com o comércio de Tiradentes. Após quase dez horas de viagem (contando desde o embarque em Salvador), chegamos exaustos e famintos no centrinho da cidade. Saindo de São João del Rei, em uma linha reta você vai dar direto no Largo das Forras. Às 15h não tínhamos mais  fôlego para escolher minuciosamente um bom local para comer. Entramos então no  Panela de Minas, a poucos passos da Largo, em um apresentável casarão da Av. Ministro Gabriel Passos, ao lado da Agência do Bradesco.

O restaurante conta com dois  salões arejados por grandes janelas no bom e velho estilo colonial. A decoração é simples, objetiva, sem muita “frescura”, mas bastante agradável.

Os garçons, simpáticos e receptivos, logo nos ofereceram uma mesa ao lado dos janelões que se abrem para a rua e, tão logo sentamos, fomos direto ao assunto: o cardápio, por favor!

Pedimos uma porção de linguiças como entrada, que não demorou a chegar… Ufa! Era o fim da nossa penúria alimentar. Queríamos só petiscar alguma coisa enquanto aguardávamos o prato principal, mas fomos surpreendidos por uma  travessa abarrotada, ideal para comermos por uma semana… kkkkkkk (Opa! Vale dizer que a foto não ajuda, não retrata a exata dimensão da porção… kkk) 

Porção de linguiça (entrada) – R$ 18,00.

Tão gostosinhas que não conseguíamos parar de comer. Mas tínhamos que ter folga para o segundo pedido, um Frango à Macedônia que o garçom garantiu que servia duas pessoas:

Frango à Macedônia - R$ 42,90.

kkkkk… De cara percebemos que ele estava enganado. O prato vinha com quatro generosos pedaços de frango, cobertos com molho branco e queijo gratinado. Uma delícia, mas comida demais para dois estômagos limitados. Se você também não for da turma dos comilões, melhor pedir meia porção. O arroz branco de acompanhamento parecia tão comum que nem ia tirar foto, mas na primeira garfada percebemos o porquê da fama da cozinha mineira. Eles fazem coisas simples com um tempero tão especial que torna qualquer arroz branco inesquecível (por essa eu não esperava… Nunca espero nada de arroz de branco! rs)

Para finalizar, uma sobremesa simples e saborosa, bem mineirinha: figo e queijo minas.

Sobremesa - R$ 6,00.

O restaurante funciona neste endereço há 17 anos. Serviço a la carte de terça a sexta. Sábados, domingos e feriados, buffet self service  de comida mineira no fogão à lenha. O quilo custa R$ 36,70.

 Uma das garçonetes nos informou que só funcionam para almoço, de terça a domingo das 11h às 19h. Há pretensão de também abrir para jantar, mas, por enquanto, apenas almoço mesmo. Aceitam cartões de crédito.

O atendimento estava excelente quando chegamos. Havia apenas quatro mesas ocupadas. Mas bastou o salão encher e o atendimento ficou lento e amarrado. Para nós tudo certo, mas talvez para os mais exigentes esse ponto conte negativamente.

No nosso último dia na cidade, domingo (30/10/2011), antes de ir embora nos permitimos uma última sobremesa à mineira (onde “à mineira” = queijo minas + qualquer coisa igualmente saborosa). Para tanto, fizemos uma pausa de despedida no self service do Panela de Minas e realizamos nosso último desejo.

O pudim, um show à parte. O Hélio atacou o coitado e, não satisfeito, foi lá e repetiu a dose, quase limpando a travessa:

E no peso, tudo mais baratinho, sem desperdício:

Assim, começamos e encerramos nossa saga tiradentina no Panela de Minas.  Barato barato não é, mas dá para aproveitar sem gastar tanto, já que no peso cada um responde por si  e no a la carte, como as porções são generosas, evitando  os excessos pode sair em conta. No nosso caso, o desperdício rendeu uma conta salgadinha. Dispensando a entrada e pagando apenas por uma meia porção, teríamos economizado e comido bem da mesma forma.

Resumindo, #ficaadica de um bom lugar para comer no Largo das Forras. Bom atendimento e  boa comida em um ambiente simples, mas muito simpático:

Só para não perder o costume de falar besteira… Tenho que comentar que bem em frente ao Panela de Minas fica o “Dona Xepa”. O curioso é que, parecendo compreender a temática do local (já que, segundo meu dicionário baiano, “xepa” significa tirar uma lasquinha na coisa alheia), todos os dias havia olhinhos pidões na porta do restaurante. Uma graça!

Coisas de Tiradentes! 🙂

 

Arraial Velho Pousada Temática – TIRADENTES.MG

21 nov

Tiradentes é uma cidade com boas opções de hospedagem, o que, necessariamente, não implica dizer opções baratas. Ao começar minhas pesquisas, já estava desistindo de Tiradentes, já que, dentre as pousadas que me interessavam, os preços estavam bem desmotivantes.

Como tratamos no primeiro post sobre Tiradentes, conhecemos a Pousada Arraial Velho no Booking. Duas coisas nos chamaram a atenção: o estilo colonial  – exatamente o que estávamos procurando – e o preço, já que, embora entenda que R$ 180,00 de diária não é exatamente o que podemos chamar de barato, a comparação com as demais pousadas no padrão e estilo que procurávamos a tornou a opção mais viável.

E aqui, posso falar com tranquilidade, a Arraial Velho nos surpreendeu. Quando vi as fotos no Booking, achei tudo muito bonitinho, no estilo clássico colonial, mas de imediato pensei: aposto que deve estar tudo velho. Estava, felizmente, enganada.

Enganada mesmo. Primeiro porque, apesar do convincente estilo colonial, o imóvel não data do século XIX. Tem apenas onze anos e o casarão foi construído de forma pensada, seguindo o estilo das construções originais de Tiradentes, com móveis de demolição e peças de antiquário. Tudo novo, limpo e muito bem arrumado.

O quarto, na medida do que precisávamos. Tamanho satisfatório, cama confortável e piso rústico. Decoração simples, em estilo colonial, romântica e aconchegante.

Banheiro limpo e o tamanho, embora tenha lido alguns comentários negativos no Booking, em nada desagradou. Água quente e uma ducha forte, bem relaxante, nos aguardava no fim de noite. Providencial!

Fora essa descrição técnica, preciso dizer que amamos nossa Pousadinha. Pequena, confortável, graciosa, tranqüila… Vou parar por aqui… rs rs… Resumindo: somos só elogios.

E se a nota é dez para as instalações e ambientação, para a hospitalidade da equipe acho que só caberia uma nota 15. Já falamos do concurso de simpatia que parece rolar lá por Minas… rs rs.

Assim que chegamos, fomos recebidos com o sorriso hospitaleiro da Desireé. No dia seguinte, encontramos o Zé Antônio, dono da Pousada, atencioso, comunicativo e super acessível, disposto a atender qualquer solicitação dos hóspedes.

O café da manhã é servido a partir das 08:00h, em um pequeno salão cuidadosamente decorado, localizado no andar do sobrado onde funciona a recepção.

Fogão à lenha e uma cozinha aberta ao salão dão o tom de ambiente familiar.

O buffet é simples e oferece poucos itens,  mas ainda assim não deixa a desejar.

As geleias caseiras  feitas pela Paula e o pão de queijo quentinho, servido ainda fumaçando e derretendo na boca. Ninguém merece. Não dá pra reclamar de um café assim! rs rs.

E às 17:00h, ainda é servido o chá da tarde, no mesmo salão do café. Mas este, sequer tivemos a chance de degustar. Pouco tempo para conhecer a cidade não nos permitia esses pequenos luxos.

A Pousada ainda oferece piscina, estacionamento e internet WiFi.

Neste quesito, internet WiFi, não poderei opinar, pois acabei não usando, tamanho era o cansaço ao chegar no quarto, doidos apenas para tomar um banho e dormir.

 O que pode não te agradar…

– Como falei, a decoração do quarto é bastante rústica. Para pessoas que prezam por conforto acima de tudo, talvez esta não seja a hospedagem ideal. Para tanto, a pousada conta com outros quartos, mais equipados e confortáveis que o nosso, como a suíte Tiradentes:

– O nosso quarto era servido por televisão e frigobar. Não há telefones ou  interfones  nos quartos e o ventilador é daqueles simples, de mesa. Não havia ar-condicionado ou ventilador de teto (pode ser que outros quartos ofereçam estas opções. Informe-se antes de reservar)

– Notei que alguns quartos ficam próximos à escada, que é de madeira e faz aquele toc-toc de sapato, subindo e descendo. Talvez o barulho  possa incomodar. Verifique a localização de sua suíte ao reservar.

– A localização da Pousada, em relação ao Centro Histórico, é mais interessante para quem está de carro. Embora não fique tão longe do Largo das Forras e das principais atrações da cidade, rende uma boa caminhada para quem está a pé.

– O café da manhã às 08:00h pode atrapalhar os mais agoniados que, a esta hora, já pretendem estar batendo perna por Tiradentes (meu caso! ehehe Mas o café era agradável que nem me estressei com esse detalhe).

 O que pode te agradar…

– O custo/benefício, já que a Pousada oferece bons preços se comparada com outras pousadas de mesmo padrão na cidade.

– A hospitalidade da equipe é realmente um ponto altamente positivo.

– As instalações estão muito bem conservadas e a decoração faz com que a pousada seja um cenário romântico e aconchegante, muito agradável para casais e famílias.

– Pegando o gancho no tópico anterior, notamos que a maioria dos hóspedes eram casais  com ou sem filhos, reforçando a impressão de ambiente tranquilo e familiar.

– Você pode voltar para casa com as delícias da Paula na mala. Ela vende tanto as geleias, como porções congeladas de pães de queijo. Huuuummmm! O potinho de 200ml de geleia custa R$12,00 e ela te entrega fresquinho, na manhã do seu check-out. Comprei uma de morango e outra de manga com maracujá. Uma vez em casa, de volta ao lar, as pobrezinhas duraram apenas dois dias… kkkkkkk… Comemos a de morango com doce de leite cremoso… Tuuudo de bom!

– Além da Desireé, da Paula e do Zé Antonio, você ainda pode contar com a simpatia do Edmilson (recepção-noite), da Cleonice (camareira) e da Tânia (esposa do Zé Antonio).

INFORMAÇÕES BÁSICAS:

Endereço: Rua Bárbara Heliodora, nº 10, Parque das Abelhas, Tiradentes/MG.

Telefone: (32) 3355-1362.

Site: www.arraialvelho.com.br

Oficina de Ourives Santíssima Trindade – TIRADENTES.MG

20 nov

Esta pequena fachada de apenas duas portinhas estreitas pode te induzir a erro.

Em meio ao mar de opções que rodeia o Largo das Forras, A Oficina de Ourives Santíssima Trindade passaria despercebida aos nossos olhos, não fosse a gigante flor em lata presa ao varandado de um antigo sobrado, ao lado da Oficina.

Ao entrar, difícil mesmo é algo te chamar a atenção, já que o que realmente impressiona é a quantidade de objetos das mais variadas utilidades e estilos, espalhados e empilhados pela loja.

E, quando ainda tentava assimilar toda variedade, a simpática atendente  avisa: “pode entrar”, se referindo a uma porta com passagem para o que seria um segundo salão:

Um mundo de bugigangas, balangandãs e miudezas se descortina após a porta. Tanta coisa que você nem sabe para onde olhar.

E por todo lado havia mais uma portinha que levava a mais um canto carregado  de trecos.

Artesanato, utensílios, objetos feitos de lata:

E até obras de arte, como o lindo sino de bronze que custa R$ 3.000,00 (me vê meia dúzia, por favor… kkkkk):

Tudo de todo jeito, para todos os gostos e de todos os preços.

Um lugar para suprir os devaneios da infância, já que, aqui entre nós, quem quando criança não sonhou ser esquecido em um lugar assim?

ÚTIL:

– A Oficina de Ourives Santíssima Trindade funciona de domingo a domingo, das 09h às 17:30h.

– Está localizada no largo das Forras, ao lado da Igreja Bom Jesus da Pobreza.

– Aceitam cartões.

 

Morro da Igreja São Francisco de Paula – TIRADENTES.MG

19 nov

Todo lugar tem seus cantos. E dentre os cantos, sempre há um preferido. Então, meu canto preferido em Tiradentes é o morro da Igreja São Francisco de Paula.

Simplesmente um lugar para sentar e apreciar em silêncio o sol se despedindo no horizonte, colorindo com o crepúsculo a bela imagem do centro histórico.

Ao longe,  o assobio da Maria Fumaça.  A tranquilidade paira nos desenhos coloridos das casinhas e na beleza imponente da Matriz.

E o tempo pareceria imóvel e anacrônico, não fosse um carro ou outro que, de quando em quando, sobe a ladeira para alcançar o morro.

Um lugar para se permitir não fazer nada. Apenas olhar ao longe e se sentir próximo de tudo aquilo, descansando o corpo e revigorando a alma.

ÚTIL:

– A Igreja São Francisco de Paula não é aberta à visitação. Sua construção data do século XVIII. O cruzeiro erguido em frente à Igreja data de 1718, ano da elevação do Arraial à Vila de São João del Rei (fonte: www.tiradentesgerais.com.br).

– O melhor acesso ao morro da Igreja é pela ladeira que se inicia bem em frente à Rodoviária, Rua São Francisco:

E agora, aquela musiquinha rimada que cantarolávamos na infância faz todo sentido  “Quem te conhece não esquece jamais. Oh! Minas Gerais” 😉   (A música  “Oh! Minas Gerais” é considerada por muitos o “hino” de Minas. Mais sobre este tema aqui)

Doces Caseiros da Dona Rute – TIRADENTES.MG

15 nov

É possível chegar à Matriz de Santo Antonio  –  o ponto,  literalmente,  alto de Tiradentes – por vários caminhos. Dentre estes,  acho que o mais bacana é pela Rua do Chafariz, na verdade uma custosa, mas imperdível  ladeira que começa no Chafariz de São José e te leva até o topo da cidade na Rua da Câmara, de cara com a Matriz.

A subida  garante fotos perfeitas:

E na descida…Ah-ah… Descobertas calóricas ainda nos aguardavam. Exatamente quando pensávamos ter esgotado as possibilidades da gula, nos deparamos com uma modesta portinha:  

Fui lá farejar a descoberta como o bom e velho gato que morreu de curiosidade (e, na verdade, agora entendo que o bichinho  morreu de gordo) e encontro o corredorzinho estreito dos Doces Caseiros da Dona Rute:

Pra variar, só mais um pouco das tentações mineiras :

Difícil escolher, mas pagando R$ 1,00 pela unidade dava para encher um saquinho com um de cada ou… Dois de cada… Ou… Meia dúzia de cada… rs rs. Mas  a essa altura já estávamos de “barriga fofa” de tanto comer. Pedimos apenas  um “quadradinho” de amendoim moído e um cajuzinho , totalizando a suave importância de R$ 2,00 :

Simples e deliciosos e, agora, revendo as fotos, bate um arrependimento de  não  ter enchido a bolsa com os docinhos caseiros e coloridos da Dona Rute. Todos feitos na dupla de sucesso da cozinha mineira: fogão à lenha e tacho de cobre. Imbatível!

Em meio à doçura envolvente da vitrine, o pequeno espaço ainda oferece artesanato. Pinturas e xilogravuras assinadas por Paulo Júnior, filho da Dona Rute, além do trabalho artesanal em madeira e ferro do Seu Paulo (esposo).

Quando nos despedíamos da Rua do Chafariz, após descer – já lamuriosos de saudade –  a pedregosa ladeira, nos deparamos com essa grata surpresa. Dica imperdível para quem passar por Tiradentes, já que, na minha opinião, as coisas mais simples, em sua maioria, reservam  as mais agradáveis experiências.

Endereço: Rua do Chafariz, nº 26, Tiradentes/MG.

Site: www.doceseartes.com.br

Twitter: @docestiradentes

Empório Santo Antônio – TIRADENTES.MG

6 nov

Sabe que depois de bater perna, subindo e descendo ladeira em um terreno arisco de pedras irregulares, a última coisa que você quer ao procurar um lugar para comer é ficar disputando uma mesa com outra dezena de turistas. Mais ou menos assim é o Largo das Forras, engarrafado tantos nas ruas como nos pequenos salões dos restaurantes que o cercam.

Nada contra as Forras, coração hipertenso de Tiradentes. Indiscutível que por lá há excelentes lugares para comer, mas nós fizemos uma  outra opção: sair do circuito turístico e buscar algo mais “local”. Foi assim que no sabádo -29/10/11 –  decidimos ir até o Empório Santo Antônio. Peguei um panfleto do lugar no Chico Doceiro e, desde então, fiquei tentada a conhecer.

O Zé Antonio, proprietário da nossa pousadinha querida, também foi só elogios ao Restaurante. Não deu outra: “ói” nós lá! kkkkk

É um lugar simples em uma rua afastada e sem graça, o que o torna desconhecido para  turistas desavisados e bem freqüentado por moradores locais.

O buffet é pequeno, mas basta um olhar mais atencioso para perceber que há uma variedade interessante de bons  pratos  mineiros:

O atendimento –  tenho que ser repetitiva nesse quesito –  impecável. Atenciosos e solícitos, sempre dispostos a oferecer o melhor da natural hospitalidade mineira.

Eu fui direto na costelinha de porco ao chutney de abacaxi. Simplesmente perfeita!

O Hélio se aventurou no Leitão à Pururuca e ficou impressionado com a maciez do miolo em contraste com a crocância da casquinha “pururucada”.

Tudo muito saboroso, à altura do que nós, turistas, esperamos da reputada cozinha mineira.

O cardápio ainda contava com os doces caseiros, melados, convidativos, simples,mas provocativos:

O buffet custa R$ 24,00 por pessoa, incluindo as sobremesas e servindo-se à vontade. Bebidas são cobradas à parte. E pagamento só em dinheiro ou cheque.

Não, não, não. Não tirem conclusões precipitadas com meu pratinho esmilinguido. Já disse que não sou tão boa de boca assim, embora reafirme que a costelinha estava divina. Levem em consideração o prato do Hélio, que terminou limpo como saiu do armário:

Para finalizar, nos ofereceram um cafezinho. O Hélio, fumante insolúvel, até hoje não aprendeu a negar café. E olhem que delicadeza:

Um cafezinho no ponto, rapadura (eu acho) e biscoitinhos caseiros. Cortesia da casa! Ficamos clientes.

Endereço: Rua Belica, 133-A, Parque das Abelhas, em frente à quadra municipal. Há  indicação da localização do restaurante nas placas turísticas da cidade.

Funcionamento: apenas para almoço, de quarta  a domingo, das 12h às 17h. Quartas, quintas e sextas a la carte. Sábados e domingos, buffet self service.

Tradição em Rocambole – Lagoa Dourada.MG

6 nov

Partindo de BH, é possível chegar de diversas formas  a Tiradentes (já vimos isso nas aulas passadas… rs rs). De avião (até São João del Rei), de ônibus ou carro. Por uma soma de fatores, escolhemos  ou, no fundo, fomos escolhidos pelo aluguel de um carro. E essa escolha, embora cansativa – sobretudo na volta – permite que todo caminho seja uma peregrinação deliciosa. Mas isso será tema de um post específico. Agora vamos nos concentrar apenas no ROCAMBOLE de LAGOA DOURADA.

Trafegávamos tranquilos e  curiosos pela  Região da Estrada Real quando, de repente, somos açoitados – já derrubadinhos de fome após cinco horas de viagem – por placas como esta:

Caraca! (não tinha outra palavra para expressar nosso questionamento, certo?) Que rocambole é esse que toda placa fala dele? Pra não esticar a dúvida, assim que entramos na cidade, Lagoa Dourada, paramos na primeira porta indicativa de rocambole:

Panificadora Santo Afonso, o endereço do nosso rocambole tradicional da “Lagoa”. Panificação e lanchonete  bem instalada, com variedade e atendimento impecável, bem no padrão mineiro (algo tipo concurso de simpatia…E todo mundo é finalista, diga-se de passagem).

Você escolhe o sabor e seu rocambole, que é enrolado na hora, surge segundos depois, vindo da cozinha, reluzente e açucarado, pronto para ser devorado, sem a menor elegância, por mentes famintas.

Rocambole pequeno - R$ 8,00 (o maior custa R$ 12,00).

O rocambole é uma tradição da cidade e por todo lugar você vai encontrar plaquinhas e portinhas vendendo o  famoso bolo recheado.  A Panificação Santo Afonso, nossa escolhida (no  uni-duni-tê),  abre de domingo a domingo, em horário comercial e fica na passagem obrigatória de quem segue para São João del Rei pela BR-383.

Após nossa paradinha, seguimos felizes e alimentados, de posse da nossa primeira guloseima mineira. Saudosa companheira de viagem! #ficaadica

História, Sacrifício e Arte – Igreja Nª Srª do Rosário – Tiradentes/MG.

5 nov

 Respirar História no cenário original dos fatos é inebriante e quase tudo que se vê e aprende passeando pelo Centro Histórico de Tiradentes é surpreendente.   Mas há sempre o encontro com algo que nos envolve de forma mais contundente. No meu caso foi a IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS PRETOS. Não só pela beleza suave de seus entalhes barrocos ou por sua construção envolta em um “ritual” de devoção e altruísmo, mas pelo conjunto da obra.

Como o nome já enuncia, trata-se de uma pequena  igreja construída e freqüentada apenas por escravos, o que – contendo sua precipitação – não significa dizer humilde. Localizada na Rua Direita, foi construída entre 1708 e 1719 e é considerada a mais antiga da cidade.

Até aí tudo parece muito básico, historicamente falando, mas as circunstâncias da construção fazem toda a diferença.  Entrando no templo, não se engane, tudo que reluz – sim – é ouro. Ouro “roubado” pelos escravos nos garimpos e trazido clandestinamente em cabelos e unhas para a Igreja.

Por essa razão, a porta principal nunca era aberta. O único acesso era uma pequena porta lateral  que, uma vez aberta, não permitia que o  ouro que ornava o altar fosse visto por quem passasse nas imediações. Reza a lenda que o único branco ciente de tudo era o Padre, “cúmplice” dos negros .

A riqueza inesperada da decoração  guarda consigo uma série de pormenores contraditórios e intrigantes e, enriquecendo o enredo histórico, a presença  de alguns símbolos alheios ao contexto católico narram silenciosamente uma história de segregação, fé e abnegação. A meia lua, no teto do altar, e a estrela negra, no teto da nave, fazem referência ao fato da Igreja ter sido construída à noite, único tempo livre que os escravos tinham para a construção.

A pintura no teto do altar mostra Nossa Senhora entregando o Rosário a São Francisco de Assis e São Domingos Gusmão:

E no teto da nave estão representados os  15  mistérios do Rosário:

 Eu, que não tenho formação católica, para fazer esse post aprendi que o Rosário é uma oração católica – de devoção à Virgem Maria –  composta, originalmente, por três terços, cada terço com cinco mistérios. Cada mistério recorda uma passagem importante da história da salvação, o que, por sua vez,  está representado no teto da Igreja do Rosário (foto acima). Para tanto, entre outras fontes, consultei o Hélio, católico cheio dos protocolos “sacro-episcopais” (batismo, comunhão e crisma).

No lado esquerdo do altar, abaixo da imagem de Santo Elesbão – um Santo negro –  encontrei essas casinhas, curiosas, mas o significado ninguém soube me explicar, apenas garantiram que fazem parte da construção original da igreja (será?).

Santo Elesbão

E para aqueles que, como eu, até então nunca ouviram falar de Santo Elesbão, segue a “pesca” informativa:

Voltando à parte externa, note as fendas na parede da única torre e abaixo dos degraus, estrategicamente dipostas para dispersar o mau cheiro vindo dos corpos enterrados no interior da Igreja, já que a porta principal nunca seria aberta:

Também é possível subir até a galeria e apreciar a vista lá de cima:

Bem em frente a Igreja Nossa Senhora do Rosário, está a Antiga Cadeia de Tiradentes, erguida por volta de 1730.

Segundo o Carlos, nosso guia do charretour, a cor rosa, mantida quando de sua reconstrução após o incêndio que devastou o prédio em 1829,  é uma homenagem a Maria Elvira Correia, primeira (não sei se única) mulher presa – por adultério –  no antigo arraial.

– A Igreja está aberta à visitação  das 09 às 17h. A entrada custa R$ 2,00. É permitido fotografar, desde que SEM flash. Já a Cadeia estava fechada para reforma e, para falar a verdade, estava com mais pinta de abandono que de revitalização.

“Pra presente!” – TIRADENTES/MG

5 nov

Mais por afeição que por consumo, comprar em uma viagem é, no fundo, uma forma de levar um pedacinho do lugar na mala. Daí é quem vêm os básicos presentinhos e lembrancinhas e balangandãs. E aí, se prepare, porque em Tiradentes tudo é um convite às compras.

A cidade é um reduto consumista e por todo lado há lojinhas de artesanato, de souvenires, de decoração, de artesanato, de souvenires…  É isso, chega a ser repetitivo e você fica meio baratinado, caso não consiga definir de uma vez por todas uma delas para entrar e, finalmente, enfiar o cartão na maquineta.

Eu fiquei exatamente assim, com a cara pra cima sem saber por onde começar. Mas aí a atmosfera do lugar vai entrando em você, a agonia de querer ver tudo ao mesmo tempo vai baixando e você vai calmamente vendo tudo com mais clareza. Foi assim que meus olhos curiosos me levaram ao EMPÓRIO DO BANHO, uma casinha linda, com decoração sugestiva, que nos chamou a atenção no Largo das Mercês:

A decoração da área externa já faz presumir o que te aguarda lá dentro.

O caso é que  lá dentro  não é permitido fotografar. Uma pena! Vocês iam amar!  A loja oferece uma infinidade de itens para presente, todos exclusivos e feitos de forma artesanal.

Corujinha artesanal - base canela - R$ 35,00.

Passarinho artesanal - base canela - R$ 35,00.

Sabonetes, sachês e aromatizantes, tudo de produção própria do ateliê com sede em Juiz de Fora/MG.

Duo sabonetes de erva-doce - R$25,00/Toalhinha de rosto - R$ 30,00.

E, em meio a tantos sabonetinhos fofos e outros itens perfumados para banho, nem preciso dizer que o cheiro da loja é irresistível.

Trio de sabonetes - R$ 33,00.

Vale a pena conhecer e se permitir umas comprinhas, até porque, embora não sejam produtos genuínos de Tiradentes, não deixam de ser mineirinhos autênticos.

Endereço:  Largo das Mercês, nº 39, Tiradentes/MG.

Horários:  Seg a Sex – 12h às 18h / Sab – 10h às 21h / Dom – 09h às 15h.

Site: http://www.emporiodobanho.com/

Outra dica para presente, que também descobrimos por acaso, é a  Loja Puro Cacau. Não entramos na loja principal, no Largo das Forras. Conhecemos apenas a filial da Rua Ministro Gabriel Passos:

Não passei muito tempo na loja que, entre compotas e outros itens básicos de Minas, como queijinhos e docinhos, encontramos umas latinhas com tema de Tiradentes, ideais para presente. A lata sai por R$14 e os chocolates você compra separado, caso queira presentear a latinha recheada com bombons.

Endereço: Rua Ministro Gabriel Passos, nº 225 ou Largo das Forras, nº 30, Tiradentes/MG.

 E uma última diquinha  para quem, como nós, coleciona camisas dos lugares que visita. Não é bem o tipo da coisa que em todo lugar se encontra por Tiradentes e, quando se encontra, pode ser que a estampa não agrade. Por isso indico a Rouparia Mineira, onde encontramos camisas com bons preços e estampas bacanas:

Camisa masculina - R$ 19,00.

A Rouparia Mineira fica na Rua Minsitro Gabriel Passos, nº 190

Ao lado dela  há outras lojinhas que também vendem camisas e bonés e você pode escolher a que mais lhe agrada. A poucos passos da Rouparia Mineira, caminhando no sentido oposto ao Largo das Forras, você irá encontrar o mini shopping de Tiradentes, mais uma opção para comprar e para tomar o suquinho da tarde.

Observações importantes:  

– A maioria das lojas de Tiradentes funciona de domingo a domingo. Os horários variam.  Às sextas e principalmente aos sábados,  costumam dar uma esticada no horário de funcionamento e fechar mais tarde (depois das 19h).

 – Boa parte dos estabelecimentos aceita cartões de crédito e débito. Mas é sempre bom estar com a carteira preparada para as exceções.

– Caso precise sacar dinheiro, na cidade só há agências do Bradesco e Itaú. A do Bradesco fica praticamente no Largo das Forras, na Rua Ministro Gabriel Passos, ao lado do Restaurante Panela de Minas:

Não vimos a agência do Itaú em nossas andanças. O pessoal da Pousada garantiu que há um caixa eletrônico do Banco do Brasil na Rodoviária, onde é possível sacar. Para clientes da Caixa, a Lotérica, que fica no Largo das Forras, pode quebrar um galho. E, na pior das hipóteses, mantenha  a calma e lembre-se que São João del Rei fica a 8 Km.