QUIRINO: a cabine do tempo na Rua Geru – ARACAJU

27 set

No caminho para o centro da cidade, na  quadra desenhada pelo encontro das ruas Geru com Lagarto, uma portinha simplória, aberta há mais de 40 anos, toca músicas antigas em alto volume.

Loja do Quirino na Rua Geru - ARACAJU

Seguindo a trilha sonora – que vai de Altemar Dutra a Blitz – fui magneticamente atraída pela atmosfera dos anos 80 espalhada entre vinis e fitas, tocando histórias guardadas na minha memória afetiva. Descobri, então, meu lugar preferido nas manhãs de sábado: o banquinho da paciência na Loja do Quirino.

Banquinho da paciência na Loja do Seu Quirino - ARACAJU

Passo horas nesse banquinho procurando vinis antigos. Assim como passava horas viajando nos vinis do meu pai, fascinada com as imagens dos encartes.

Com o tempo, os vinis foram embora e o chiadinho das músicas da minha infância ficou esquecido naquele cantinho de saudade onde guardamos os pequenos e saborosos detalhes do começo das nossas vidas.

Minha pessoa vidrada na vitrola do meu pai.

A loja do Quirino trouxe tudo de volta. A R$1,00 – a fita cassete ou vinil – com R$20,00 fui de ‘É proibido fumar’ (1964) até o hit do Menudo, ‘Não se reprima’ (1984).

É Proibido Fumar - Roberto Carlos - 1964

O comércio compra e vende discos e fitas. Os discos velhos, aqueles que a ‘mãe’ não quer mais ou o ‘pai’ quase joga fora? Leva no Quirino que ele compra 😉 Como resultado dessa ‘troca’, várias histórias vão se amontoando no meio dos LPs, em  rabiscos de afeto nas dedicatórias que acompanham os discos ❤

Dedicatórias em Vinil - ARACAJU

‘Para Aline e Raquel, com amor do papai, Tel – 08/12/1984’

E as capas e encartes continuam sendo uma viagem, retratos das gerações embaladas por aquela meia dúzia de faixas em cada lado do disco.

A próxima vítima - 1995

O Quirino é um alagoano de Penedo que começou a trabalhar aos 10 anos, caçando passarinhos.  Conta com orgulho que é bisneto de escravos, citando que sua avó, Marcelina, foi agraciada pela Lei do Frente Livre (1871). Sorriso largo e uma disposição invejável, dessas pessoas cheias de vida.

Seu Quirino e seus discos - ARACAJU

Eu saio de lá sempre uns quarenta anos mais pesada… Feliz da vida ❤ Uma vermelhinha aqui em casa não abre mão dos meus achados na cabine do tempo do Seu Quirino.

Jean Luke e nossa vitrola - ARACAJU

– Endereço: Rua Geru, n° 345, no trecho entre as ruas Lagarto e Capela.

Mapa Seu Quirino - ARACAJU - Google Maps

 A loja funciona de segunda a sábado, em horário comercial. 

Loja do Quirino - Rua Geru, 345 - ARACAJU

– Esse post é parte do nosso projeto “POEIRA, PAREDES e HISTÓRIAS“, que tenta resgatar as histórias dos imóveis de Aracaju – Sergipe. Conheça a Fanpage aqui.

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Mais dicas de Mendoza – por Cristiano Rodrigues

21 set

O Cristiano e a Íris estiveram em Mendoza em setembro de 2015. Na véspera do embarque, o Cristiano enviou inbox. Batemos um papo sobre a viagem e nos tornamos amigos. Ao retornar, ele me contou sua experiência e, diante dos detalhes e dicas importantes, soltei o básico (e abusado): posso publicar? Está aqui o resultado 😉

Lugar maravilhoso. As pessoas são simpáticas. Fizemos os passeios na raça, sem contratar empresa e aprendemos a andar por quase todos os lugares de ônibus.

HOSPEDAGEM

Fizemos o cadastro no CouchSurfing, uma rede social de hospedagem compartilhada, onde as pessoas  oferecem suas casas para receber membros cadastrados na comunidade. O bacana é que você se hospeda na casa de pessoas que vivem no local.

Nós ficamos na casa do Leandro, em Luján de Cuyo. Em sua casa, ele disponibiliza um quarto para os visitantes e, no período, também estavam hospedados na casa dele um mexicano e uma francesa, o que acabou tornando a experiência uma espécie de intercâmbio cultural.

O Leandro foi muito simpático e deu várias dicas precisas sobre passeios e compras pela cidade e região.

Indicou  o Atomo, rede de supermercados, para a compra dos vinhos para presentear os amigos.  Pagamos apenas 8 pesos por garrafa e acabamos comprando 10 litros.

E também indicou as bodegas com visitas gratuitas e os horários de funcionamento de cada uma delas.

Bodega Familia Cecchin - MENDOZA - ARGENTINA

PARQUE PROVINCIAL ACONCÁGUA

Seguindo as dicas do Leandro, pegamos o ônibus Buttini na rodoviária de Mendoza. Saímos no ônibus das 6h, com destino a Las Cuevas. Pagamos 62 pesos. Pedimos para descer no Parque Provincial  Aconcágua.

A entrada no Parque Aconcágua é gratuita, mas apenas para ter acesso à portaria e caminhar por uma pequena trilha de poucos metros, na época, forrada pela neve, onde é possível tirar fotos. As outras trilhas que exploram o parque são pagas e caras e, parte delas, exigem roupas especiais e licenças.

Parque Provincial do Aconcágua

Do Parque, seguimos a pé pela Ruta Nacional 7 para a Puente del Inca. São uns 5 km.

Puente del Inca

Para voltar, o ônibus da Buttini  passa às 12h, 17h e 20h. O ônibus para em frente ao hostel, em Puente del Inca, e as pessoas ficam paradas no local, esperando o ônibus passar.

CÂMBIO e TÁXI

Chegamos na quarta (02/07/2015) e trocamos o real na rua por  3.55 pesos.

No sábado, com a cidade cheia de turistas, eles pagam no máximo 3,20.

E, à noite, pagam apenas 3,00.

Outra dica, para quem está em grupo e com malas, é ficar em um ponto mais distante com as malas, e apenas uma pessoa sair para a troca, sem mala, bolsa ou mochila. Isso facilita a negociação.

Os homens que ficam oferecendo câmbio são chamados de ‘trocadores’. Eles te abordam na rua, mas têm uns quiosques dentro do shopping, para onde você é levado e fala direto com o ‘chefe’, com quem é  possível, inclusive, negociar um valor melhor na troca.

Além disso, o ideal é desembarcar em Mendoza com pesos, pois quando chegamos no aeroporto não encontramos lugar para trocar.

O lugar que deveria vender o cartão red bus (para o ônibus) também não tinha para vender 😦

Acabamos fazendo amizade com um taxista, o Juan Fernando. Honesto e muito simpático. Quem quiser, pode combinar com ele antecedência, por e-mail ou pelo Facebook:

E-mail –  juafervid983@gmail.com

Telefone – +54 0261-155994723

Facebook – www.facebook.com/juanfernando.videla

Texto e Fotos – Cristiano Rodrigues

Adoramos as dicas do CristianoE você? Deixa um comentário 😉

– Confira mais dicas de Mendoza aqui e veja os detalhes de como visitar as bodegas de bicicleta aqui.

– A nossa experiência na Cordilheira está no post Tour Alta Montanha.

  E mais dicas sobre as estradas argentinas no post Viajar de ônibus pela Argentina.

– Para deixar sua viagem redondinha, confira também:

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PIRÃO e PEIXE – duas razões para você conhecer o Restaurante Chiozinho em Laranjeiras/SE

12 set

Você não precisa sair de Aracaju para comer um bom pirão de peixe. Fato.  Mas, se além do pirão, você também quiser ter uma tarde diferente e agradável, almoçando entre mangueiras, em uma casa de sítio no interior do Estado, o Restaurante Chiozinho é uma bela dica.

Restaurante Chiozinho - Laranjeiras -SERGIPE

Eu fui parar no Chiozinho porque vi na televisão. A receita – de pescada amarela com molho de camarão e pirão de peixe – não saiu da minha cabeça. Nesses casos, meu coração só me dá uma opção: se vire e ache o endereço 😛

O Chiozinho, conhecido como o Rei do Pirão, fica no Povoado Cedro, em Laranjeiras, a 16km da capital. Para chegar, saindo de Aracaju, você vai seguir pela BR-101 norte, sentido Laranjeiras/Maceió/Recife.

Seguindo pela BR-101 norte, você vai passar por três viadutos, nessa ordem: viaduto da BR-235 (acesso para Areia Branca e Itabaiana); o viaduto de acesso ao município de Nossa Senhora do Socorro e o viaduto de acesso ao município de Laranjeiras. Estes dois últimos você visualiza apenas os trevos de acesso, por isso fique atento às placas 😉

A entrada para o Povoado Cedro é a primeira à direita, logo depois do viaduto de Laranjeiras, onde uma placa indica ‘Mussuca’, imediatamente após um radar de velocidade, no Km-78 da BR-101.

A partir daí, siga direto, subindo a ladeira até o cemitério. Nesse ponto, siga pela via da esquerda, como indicado na foto:

Caminho Chiozinho - Povoado Cedro - Laranjeiras - SERGIPE

Continue seguindo (o povoado, basicamente, só tem uma rua) e quando você perceber que a rua acabou, vire à direita.

CHIOZINHO - Povoado Cedro - SERGIPE

Entrada do sítio onde fica o restaurante – Povoado Cedro – SERGIPE

Logo verá o Chiozinho, um sítio com uma casa varandada à sombra de duas mangueiras.

Restaurante Chiozinho - Laranjeiras - SERGIPE

O lugar é muito simples. E a graça é essa!

RESTAURANTE CHIOZINHO - Laranjeiras - Povoado Cedro - SERGIPE

Nesse dia, a magia bucólica de almoçar no sítio foi quebrada, em parte, pelos tapumes e estrutura de festa montada para logo mais: um show dos ‘Ciganinhos’.

Ainda assim, conseguimos uma mesa com vista para terrenos verdinhos, burrinhos pastando, coqueiros aqui e ali e uma moradora local querendo fazer amizade.

Restaurante Chiozinho - Povoado Cedro - BR101-SERGIPE

Gatinha - Povoado Cedro - Restaurante Chiozinho - SERGIPE

Em algum tempo, chega o que mais interessa: um prato de camarões suculentos ao alho e óleo…

Seguido da nossa ‘pescada’, linda e amarela ❤

Pescada amarela ao molho de camarão e pirão de peixe - Restaurante Chiozinho - Povoado Cedro - SERGIPE

Uma porção para duas pessoas, generosa, coberta com molho de camarões e aquele pirão, que eu vi na televisão e não saiu da minha cabeça, tal qual eu havia imaginado: cheiroso, gostoso e suave, preparado com leite de coco fresco, extraído dos cocos da região.

Restaurante Chiozinho - Cardápio - Povoado Cedro - BR101-SERGIPE

Como disse, você não precisaria rodar tanto para comer um bom pirão, mas se nada do que foi dito até aqui te convenceu, eu ainda tenho duas cartas na manga: o atendimento sorridente do Luizinho e a vista em alguns trechos do povoado, no caminho para o Chiozinho 😉

Vista - Povoado Cedro - Laranjeiras-SERGIPE

O restaurante abre todos os dias, para almoço, mas pagamento só em dinheiro

– Saindo da BR-101, a estrada até o sítio é calçada.

Povoado Cedro - Laranjeiras - BR101 - SERGIPE

– Para retornar para Aracaju, retome a BR-101, sentido Maceió, e siga por 2 km até retorno mais próximo, em Pedra Branca.

BR-101-Retorno para Aracaju em Pedra Branca - SERGIPE

– Mais sobre Laranjeiras no post do nosso amigo Léo Barreto aqui.

– Mais dicas de Aracaju e arredores em  Aracaju post a post.

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TOUR ALTA MONTANHA – MENDOZA: um dia pela Cordilheira

1 set

Tudo o que eu queria em Mendoza: ver o Aconcágua ( o ponto mais alto das Américas, com 6.900 metros de altitude).

Tudo o que eu não queria: uma van com um guia e tempo marcado em cada ponto. Maaaas… acometidos pela ‘síndrome da quebradeira súbita’, no segundo dia em Mendoza, às 07:00, lá estávamos nós, aguardando nossa ‘topic’.

Nosso hotel, na véspera, fechou o passeio com a empresa El Cristo, mas adiantou que o tour contratado não levava ao Parque Provincial Aconcágua.

Clássica cena de PsicoseQuase morri com essa notícia. Mas, sem alternativa, respirei fundo e paguei os 470 pesos por pessoa cobrados pela empresa (valor em maio de 2015).

No dia seguinte, devidamente acomodada no nosso transporte, minha aspereza e mau humor com o passeio acabaram logo na primeira esquina, quando o guia informou que:

1- Levaria a dois mirantes onde seria possível ver o Aconcágua;

2 – Iniciaria o passeio por uma estrada antiga,  que era usada para subir a pré-cordilheira levando a Uspallata, antes  da atual concepção da Ruta  Nacional 7 🙂 🙂 🙂

O QUE É O TOUR ALTA MONTANHA

É, sem dúvida, o passeio mais completo para quem pretende conhecer a região da Cordilheira entre a cidade de Mendoza e a divisa da Argentina com o Chile. O tour completo, oferecido pela maioria das empresas de turismo, leva aos pontos principais da Ruta Nacional 7 (RN-7). Partindo de Mendoza, os tranfers seguem  pela Ruta 7 e visitam basicamente:

– Represa Potrerillos;

– Vilarejo  Uspallata;

– Estação de esqui Los Penitentes;

 – Puente del Inca;

– Vilarejo Las Cuevas;

– Cristo Redentor de los Andes ou Parque Provincial do Aconcágua.

Circuito Alta Montanha - Mendoza Travel

Tour Alta Montanha – Mapa disponível em www.mendoza.travel

Por sua vez, a Ruta Nacional 7 – a famosa Carretera Libertador General San Martin – é uma das rodovias mais importantes da Argentina. Começa em Buenos Aires e corta o país de leste a oeste, até o túnel que marca a fronteira com o Chile. Em território chileno, cruzando a Cordilheira, a estrada segue como CH-60 até Valparaíso, à beira do Pacífico.

Além disso, as paisagens da rodovia, alinhavada entre as montanhas, guardam consigo o valor histórico da notável travessia dos Andes pelo exército libertador do General San Martin – Exército dos Andes. Em 1817, nesta região, os soldados do General San Martin cruzaram a cordilheira para enfrentar as tropas realistas no Chile. Ao longo do circuito, nosso guia indicou vários marcos históricos dispostos às margens da estrada.

O NOSSO TOUR

Nosso passeio, de cara, já mudou o trajeto básico. Saindo de Mendoza, não seguimos por Luján de Cuyo para acessar a Ruta Nacional 7. Invés disso, seguimos no sentido oposto, indo em direção a Villavicencio (confira o trajeto no mapa lá em  cima).

Isso nos garantiu conhecer a antiga rota que ligava a Argentina ao Chile, antes da atual disposição da Ruta 7. Subimos El Camino de las 365 curvas (Ruta Provincial 52) e, como  era um belo dia de sol, cada curva era um flash.

No topo da estrada, a aproximadamente 3.200 metros de altitude, surge o primeiro mirante do Aconcágua. Nem mesmo a sensação de estar dentro de um frigobar  tira o brilho de avistar pela primeira vez o topo das Américas ❤

Mirante del Aconcágua - Mendoza - ARGENTINA

Desse ponto seguimos para Uspallata. A aproximados 120 km de Mendoza, trata-se  do gracioso povoado onde o capelão do Exército dos Andes, Luis Beltrán, fundiu as armas e canhões usadas pelos libertadores. < Para os cinéfilos, segundo nosso guia, a região também foi cenário de uma das cenas do filme ‘Assassinos’ (1995), com Antonio Banderas 😉 >

Em Uspallata, a maioria das vans turísticas param para um lanche ou refeição. Fizemos uma pausa rápida e seguimos viagem, agora seguindo pela Ruta Nacional 7. 

Acesso Ruta Nacional 7 em Uspallata - ARGENTINA

Passamos pela estação de esqui Los Penitentes, que não estava funcionando. Ainda assim, o teleférico da estação estava em operação, mas como ninguém do grupo quis subir, não paramos nem para uma foto mais elaborada 😦

PUENTE DEL INCA

A  2.700 metros de altitude, a próxima parada foi a Puente del Inca.

Puente del Inca

A ponte natural foi formada pela ação do rio Las Cuevas, que também imprimiu a cor alaranjada à rocha com sua água sulfurosa. Na década de 20, o local abrigou um confortável hotel de águas termais que atraía muitos turistas para região.

Foto do antigo Hotel Puente del Inca - ARGENTINA

Anos depois, o hotel foi destruído por uma forte tempestade e hoje apenas as ruínas fazem parte da paisagem. Somente a igrejinha ficou de pé.

Uma feirinha de artesanato com trabalhos da região andina arremata a visita com formas e cores.

Puente del Inca - Feirinha de souvenires - ARGENTINA

SONY DSC

Da ponte, seguimos ao ponto alto do passeio: o Cristo Redentor dos Andes e, no caminho, uma parada à beira da estrada para o segundo ponto estratégico para ‘mirar’ o Aconcágua <Aquela sensação que ‘meu coração nem é vagabundo, mas quer guardar o mundo em mim’… rsrs  Aquela primeira foto do post, também foi tirada nesse ponto, com um dedinho de zoom>

CRISTO REDENTOR DE LOS ANDES

Nem todos os tours levam ao Cristo. E essa foi a exata razão pela qual fechamos, sem muito choro, com a empresa El Cristo, pela garantia de conhecer o monumento. O acesso ao Cristo fica no povoado Las Cuevas, entrando no Arco de Las Cuevas, à margem da Ruta 7,  pouco antes do túnel que leva à fronteira com o Chile.

A partir daí você precisa ser forte para segurar a onda na estrada de chão, estreita, de curvas sinuosas “à beira do abismo” que vão te acompanhar pelos próximos 9 km montanha acima. Concentre-se na paisagem… M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A!

No topo do passeio, a aproximados 4.000 metros acima do nível do mar, chega-se, com louvor, ao CRISTO REDENTOR, monumento que simboliza o fim de uma disputa territorial entre Chile e Argentina.

O Cristo marca a divisa entre os dois países, que têm os territórios demarcados ao lado da estátua.

Um lugar incrível, perfeito para fazer fotos maravilhosas, não fosse o frio intratável e nossas roupas inversamente proporcionais à demanda congelante.

Vale dizer que, antes do túnel, na Ruta 7, essa estrada para o Cristo era o caminho oficial entre Mendoza e Santiago. God save a engenharia!

 

LAS CUEVAS

Após o Cristo, paramos para almoçar em Las Cuevas, como disse, o último povoado antes da divisa com o Chile. O guia levou o grupo ao Restaurante Nido de Condores, parada básica de quase todas as excursões que visitam o vilarejo.

O almoço custou 120 pesos por pessoa (valor em maio de 2015) com direito a buffet self service e sobremesa. Comida simples, com tempero caseiro. Saborosa! E atendimento muito simpático 🙂

A pouco mais de 3.000 metros de altitude, o frio ainda era severo e o banquinho em frente ao aquecedor do restaurante foi o lugar mais aconchegante de todo o circuito 😉

POTRERILLOS

Como não começamos o passeio pela RN-7, a represa de Potrerillos foi nossa última parada.

O lago, formado pelas águas represadas do Rio Mendoza, fica a aproximadamente 65 km da capital da província e o represamento garante fornecimento de água potável para a região, naturalmente desértica.

O passeio dura um dia inteiro e percorre quase 500 km (ida e volta). Mas o  cansaço eu guardei para minha caminha no hotel. Na van eu era um mico agitado com uma ‘matraca’ fotográfica incansável. Saldo do dia: máquinas e baterias extras descarregadas e um coração feliz  🙂

 

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE ESSE PASSEIO

– Escolhemos essa opção porque foi a mais viável, descomplicada e barata: 470 pesos por pessoa, contra os 890 pesos da diária do carro (até 500 km) + gasolina (que, em maio de 2015, estava custando 14 pesos por litro) e o bloqueio de 6000 pesos no cartão.

– Apesar da minha implicância com passeios em grupo, acabou que comprar o tour – com van e tudo – foi uma ótima experiência. Conhecemos lugares que sozinhos sequer cogitaríamos e aprendi que não devemos nunca subestimar a Cordilheira. Alguns trechos realmente são mais seguros com motoristas experientes na região.

– Antes de fechar seu passeio, certifique-se que ele levará a todos os pontos do seu interesse. Nem todos, por exemplo, levam ao Parque Provincial do Aconcágua e ao Cristo Redentor.

– As trilhas no Parque do Aconcágua são pagas (não é baratinho e têm preços diferenciados para estrangeiros). Confira a tabela de preços do Parque aqui.

– Esse é o tipo de passeio que pede um dia de céu limpo para aproveitar ao máximo as paisagens, inclusive a vista do Aconcágua. Você também pode conferir as condições climáticas no site do Parque Provincial www.aconcagua.mendoza.gov.ar

– O mau tempo, inclusive, impõe limitações ao circuito. Durante período de neve, por exemplo, o acesso ao Cristo Redentor fica fechado. Fique atento a esses detalhes ao planejar sua viagem. E, mesmo nas estações mais quentes, lembre de levar roupas adequadas para enfrentar o frio da altitude.

– Várias empresas de turismo realizam esse passeio. Nós gostamos do serviço da El Cristo, mas o guia fala apenas espanhol e perdemos muitas informações importantes em razão disso 😦

– Confira mais dicas de Mendoza aqui e aqui . E veja os detalhes de como visitar as bodegas aqui.

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Pelas ruas de Laranjeiras/SE – por Leonardo Barreto

24 ago

E a gente adora quando amigos mandam textos e fotos lindas para o blog, ainda mais quando nos contam histórias de lugares que há muito nos devemos uma visita e… um post. Por sorte, ter queridos amigos jornalistas, atentos e curiosos à cultura girando a sua volta vai preenchendo nossas lacunas. E assim, hoje começamos a semana com as ruas de Laranjeiras, pelas letras e lentes do amigo jornalista Léo Barreto.

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Morar no menor estado do Brasil é também desfrutar de uma riqueza cultural grandiosa e, quando o assunto é cultura, o município sergipano de Laranjeiras é referência. Distante 24 Km da capital, o lugar respira história, através dos vários prédios da arquitetura colonial,ruas, casarões, igrejas e principalmente seu povo, que faz questão de manter viva a tradição dos grupos folclóricos que surgiram da população de escravos que chegaram na cidade durante o império, quando o município concentrava a nobreza açucareira.

No último sábado, 22/08/2015, foi comemorado o dia do folclore e para celebrar a data foram realizadas palestras, rodas de conversas e apresentações culturais durante toda a semana, mas o ponto alto ficou para o domingo, 23/08, quando aconteceu o tradicional cortejo folclórico. E foi ao som de pandeiros, timbaus e pisadas fortes com tamancos de “pau”, que as ruas de laranjeiras foram tomadas pelo colorido das Taieiras, manifestação que louvam a São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, formado basicamente por mulheres e a figura masculina representa o rei, o ministro ou o patrão.

Seguidas dos homens que formam o grupo da Chegança Almirante Tamandaré, de origem portuguesa, retratando uma história dramática, representa a luta entre marinheiros “cristãos” e “Mouros”, povos do norte do continente africano. As ruas ainda receberam a alegria do Cacumbi, também formado por homens, homenageia os negros brasileiros com danças que seguem o ritmo das pisadas fazendo de seus brincantes verdadeiros artesãos da simetria gestual.

Laranjeiras SE

E quem também exalou história pelas ruas foi  um dos ritos mais populares do folclore nordestino, o São Gonçalo do Amarante, fruto da colonização portuguesa no Brasil, conta a lenda que era um frade dominicano que gostava de dançar e tocar viola, tradição que é representada por homens de branco com adornos femininos.

Nas palavras do artista plástico, Joel Dantas, que  mora em Aracaju, mas todos os anos participa das festividades do município, “isso mostra um trabalho grandioso de preservação da memória viva do povo sergipano e a participação dessas crianças mostra que esta tradição não irá morrer aqui, mas atravessará gerações, como aconteceu até que chegasse até nós”.

Mulheres em Laranjeiras - SERGIPE

Quem visitou Laranjeiras esse domingo pode perceber que o estado de Sergipe pode ser pequeno na extensão, mas é enorme, quando se trata de diversidade cultural.

Leo Barreto em Laranjeiras-Sergipe

Só agradecer ao Léo esse post lindo e fotos cheias de encanto. E ano que vem espero o convite para irmos juntos, viu, danado? rsrsrs

– Mais sobre Sergipe em Aracaju post a post.

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Restaurante Tototó – Espaço Zé Peixe – ARACAJU

18 ago

Vamos começar ‘pelo começo’ de tudo. E tudo começa pela história do Rio Sergipe.

Rio Sergipe

Quando, em 1855, Inácio Barbosa determinou a mudança da capital, pretendia facilitar o escoamento de mercadorias pelo Rio Sergipe e a nova capital estaria em um ponto estratégico para abrigar o novo porto da província. E foi assim que, por muito tempo, Aracaju foi uma cidade portuária, recebendo grandes embarcações que chegavam e saíam pela foz do Rio Sergipe.

Aracaju - Barra

Por que eu te falei tudo isso? Porque Zé Peixe é exatamente um importante personagem dessa história e o Tototó também 😉

José Martins Ribeiro Nunes –  o Zé Peixe –  era prático do porto de Aracaju. Até aí, nada demais. Mas o que lhe rendeu a posição de figura emblemática da cidade, além de seu carisma e simplicidade, foi a forma como realizava sua atividade. Diferente de todos os práticos, que orientam as grandes embarcações a bordo de um rebocador, Zé Peixe ia buscar as embarcações nadando e para orientá-las na saída do porto, também pulava na água e  lhes direcionava a nado. Nadava mais de 10 quilômetros por dia, mesmo após os 70 anos, já aposentado, e mesmo após a transferência do porto de Sergipe para o município de Barra dos Coqueiros (aquela ilha, do outro lado do rio). E é na Barra dos Coqueiros que começa a outra parte da história.

Rio Sergipe - ARACAJU

Antes da construção da Ponte Construtor João Alves  (ou Ponte Aracaju-Barra) , que cruza o Rio Sergipe ligando os dois municípios,  pequenas embarcações de madeira movidas a motor  faziam a travessia de pessoas pelo rio. Do barulho do motor veio o nome Tototó.

Tototós - ARACAJU

Os tototós são parte da paisagem do Rio Sergipe e a cara do cotidiano do centro de Aracaju. Com a ponte, o número de embarcações foi bastante reduzido, mas algumas ainda resistem e realizam a travessia diariamente, partindo do atracadouro localizado bem em frente ao Mercado Antônio Franco (aquele do relógio e do Restaurante Caçarola).

Além dos tototós, barcas também realizavam a travessia Aracaju-Barra, no estilo aracajuano ‘Rio-Niterói’, saindo do Terminal Hidroviário. Desativado após a construção da ponte, em 2006, o terminal foi reaberto em 2015 como Espaço Zé Peixe Agora tudo se encaixa >

Além do memorial ao prático mais querido da cidade, no pavimento superior do Espaço funciona o Restaurante Tototó.

E agora, após ler tudo isso , você vai se sentir mais próximo da história do Rio Sergipe ao sentar nas graciosas mesinhas do Restaurante Tototó e apreciar seu cardápio mirando o rio.

Mas indo ao que realmente interessa (já que o post é sobre o restaurante 😛 ), nós pedimos um dos pratos mais comentados do cardápio: a moqueca de camarão com maxixe, que chegou com aquela fumacinha faceira. Muito boa 😉

E aí, temos que fechar com um docinho…não tem jeito. Muitos corações para os pudins de tapioca e de coco do Tototó, com cocada e tudo #muitodesejoenvolvido

Mais doçura que isso, só a vista serena do Rio Sergipe ❤

– O restaurante abre de terça a domingo, das 8h às 17h, no pavimento superior do Espaço Zé Peixe;

– Telefone para contato (79) 8858-4051;

– Pratos a partir de R$ 43,00, em porções para duas ou três pessoas. Sobremesas a partir de R$ 4,00 (valores de agosto de 2015). Aceitam cartões.

– O Espaço Zé Peixe fica na Av. Otoniel Dórea, conhecida como ‘Rua da Frente’  (é continuação da Av. Beira Mar, que beira o Rio Sergipe) – bem próximo à Praça dos Mercados. Confira no mapa:

Mapa Espaço Zé Peixe

Para os mais curiosos e amantes de História, enquanto o ‘trator’ não vem, a casa do Zé Peixe ainda continua de pé. É uma casinha linda, com janelas de arcos em ogiva (formato muito popular nas casas aracajuanas do início do século XX), branquinha com detalhes azuis, uma das casas mais antigas de Aracaju. Fica na esquina da Av. Ivo do Prado (também continuação da Av. Beira Mar) com a Rua Senador Rollemberg,  olhando para o Rio Sergipe.

Casa do Zé Peixe - ARACAJU

Zé Peixe viveu nesta casa até seus últimos dias. Morreu em 2012, aos 85 anos. A nossa esperança é que sua casa seja preservada e também possa contar mais um pouco da história do Zé e de Aracaju. Oremos! Abaixo, uma das matérias veiculadas nacionalmente sobre o miúdo e danado Zé Peixe.

 

– Mais sobre Aracaju em Aracaju post a post.

– Mais sobre os tototós aqui.

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Como visitar as bodegas de Mendoza- ARGENTINA

3 ago

Nós chamamos de vinícolas, eles chamam de bodegas. Vamos esclarecer então que as bodegas de Mendoza não ficam na capital. Boa parte delas estão  na  região denominada  vitivinícola central, nos municípios vizinhos – Maipú e Luján de Cuyo. E a região também é produtora de azeite, por isso considere incluir pelo menos uma olivícola no seu roteiro 😉

Quanto tempo dedicar às bodegas, isso depende de você. Acredito que cada um monta sua viagem do seu jeito, de acordo com seus interesses e prioridades. Muitas pessoas dedicam vários dias para conhecer diversas bodegas, outras não. No nosso caso, reservamos uma tarde para conhecer  bodegas em Maipú,  na área metropolitana de Mendoza, a 15 km da capital < estamos incluídos naquele ‘outras não’ >

Fomos de ônibus até Maipú e lá  alugamos bicicletas para conhecer as bodegas. Se essa também é sua pretensão, esse post pode te ajudar.

PEGANDO O ÔNIBUS PARA MAIPÚ

– Antes de mais nada, você vai precisar comprar e carregar o cartão ‘Red Bus’, utilizado no transporte coletivo. É vendido em vários estabelecimentos da cidade, como pequenos mercados e lanchonetes (falamos dele aqui).

– Siga até a Rua La Rioja. O ponto dos ônibus para Maipú fica nesta rua, no trecho entre as ruas Garibaldi e Catamarca, bem em frente a Universidad del Aconcágua. Confira no mapa.

Mapa - Ponto de Ônibus para Maipú - Mendoza

– Para Maipú, os ônibus são número 10:

Ônibus Mendoza-Maipú

– Várias linhas seguem para a  cidade vizinha, mas para as vinícolas use as linhas 171, 172, 173 (numeração que aparece no painel luminoso no para-brisa do ônibus).

Linhas Maipú

– Você entra no ônibus e aí vem a primeira dificuldade: como saber o local exato para descer? Fomos perguntando para o motorista e para alguns passageiros e eles diziam sempre a mesma coisa: mais a frente. Como não tínhamos a menor noção de onde seria ‘mais a frente’, decidi descer na primeira praça onde vi um posto de informação, já em Maipú – Plazoleta Rutini.

Plazoleta Rutini - Maipú - MDZ - ARGENTINA

–  Caso não tenha roteiro definido, desça nesta praça. Nela há um posto de informação onde as atendentes, muito simpáticas e atenciosas, oferecem mapas de Maipú e informações das bodegas dessa região do município, chamada Coquimbito.

Centro de Informações Turísticas - Maipú - MDZ - ARGENTINA

– A praça fica na Avenida Urquiza e o ônibus para bem em frente, na calçada da Galeria Comercial Paseo Ruttini.

Paseo Ruttini - Maipú - Mendoza

– Segue o mapa de Coquimbito, região que visitamos. Clique na imagem para ampliar  😉

ALUGANDO A BIKE

–  Depois da praça, siga na Avenida Urquiza, no sentido oposto a Mendoza, e logo encontrará duas casas que alugam bicicletas. Alugamos na Mr. Hugo, pois já havia lido boas referências do serviço.

Mr. Hugo - Aluguel de Bicicletas - MAIPÚ

– O atendimento na Mr. Hugo também é muito simpático e descomplicado. Você paga e já pega sua bicicleta (70 pesos por um dia – em maio de 2015). O bacana é que a maioria das bikes tem cestinhas, imprescindível para quem pretende comprar vinhos durante as visitas.

Mr. Hugo Bike - Eu e o Hugo na foto - MAIPÚ - ARGENTINA

– Na locação da bike eles também oferecem um mapa e alguns cupons de descontos em algumas bodegas . Aqui, uma ressalva, os mapas fornecidos são sempre diferentes e, quando não dá um nó na cabeça, um acaba complementando o outro 😉

– De posse dos mapas, você vai escolhendo onde quer ir. No mapa fornecido no Posto Turístico há informações básicas dos estabelecimentos indicados, o que ajuda na escolha.

ESCOLHENDO AS BODEGAS

– Para quem não pretende se aprofundar no tema, tampouco é um expert em vinhos, o ideal é escolher, basicamente, uma bodega de larga produção e uma bodega familiar, denominadas bodegas boutique.   Uma opção de bodega-boutique em Coquimbito é a Domiciano.

Bodega Domiciano

– Como bodega de larga produção nessa região, acho imperdível conhecer a Bodega La Rural, umas das mais tradicionais de Mendoza, onde também funciona o Museu do Vinho, com cerca de 4000 peças originais do ciclo de produção de vinhos ao longo dos anos.

– Fundada em 1885 por Dom Felipe Rutini, hoje é uma das principais produtoras de vinho de alta qualidade da Argentina, reconhecida internacionalmente.

Bodega La Rural - Foto Antiga - Maipú - ARGENTINA

– A visita livre é gratuita, mas não dá direito a degustação nem acesso aos vinhedos.  A visita guiada, mais completa, é paga (em maio de 2015 custava 50 pesos por pessoa) e  o valor é abatido na compra de vinhos. Tours guiados em espanhol e inglês.

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– Na bodega, compramos um Rutini Malbec 2013 (bem mais em conta que em Mendoza, onde os preços chegam até  30 pesos de diferença).

– Ficou a vontade de conhecer uma olivícola. A mais próxima –  Santa Augusta – no caminho para a Bodega Trapiche,  já estava fechando quando passamos 😦

– Para a Bodega La Rural não foi preciso fazer reserva. Algumas bodegas dessa região não fazem essa exigência, entretanto, você fica correndo o risco de pedalar, pedalar,pedalar e dar com a cara na porta por não ter reservado. Foi o que aconteceu com a gente na estrelada Bodega Trapiche, que só trabalha com reservas.

Bodega Trapiche - Maipú - MENDOZA

– De consolo, ficou a graça de encontrar no caminho para a Trapiche duas lhamas amigáveis e  sorridentes, passeando entre as oliveiras.

Lhama Dourada -Maipú

SOBRE ESSE PASSEIO É BOM SABER QUE:

– Algumas bodegas cobram entrada e/ou degustação, mas boa parte dos estabelecimentos abate o valor na compra de vinhos.

–  A ideia de alugar bicicleta é bacana, desde que você esteja preparado para percorrer, no mínimo, 5 km. As bodegas são espalhadas e para chegar a algumas delas é preciso pedalar por quase 10 km.

Placas - Maipú - Argentina

– Embora os caminhos sejam agradáveis, entre vinhedos e olivais, quem é sedentário pode não ter fôlego para encarar as distâncias.

– Considerando o tempo do deslocamento entre uma vinícola e outra, talvez duas bodegas seja o número viável de visitas para uma manhã ou tarde. Algumas delas não abrem aos domingos e feriados.

– Com planejamento você  pode conhecer bodegas sem percorrer grandes distâncias. É o caso, por exemplo, da Bodega La Rural e da Domiciano, que ficam próximas a Plazoleta Rutini e, de quebra, do Restaurante Casa de Campo, nosso escolhido para almoçar. Confira no mapa 😉

Mapa Coquimbito - MAIPÚ- MENDOZA

– Como foi dito no início, Maipú é uma cidade vizinha a Mendoza, na área metropolitana da capital. Ocorre que, mesmo em Maipú, as bodegas não estão concentradas em uma única região. Nós paramos em Coquimbito ( a mais próxima de Mendoza), mas há bodegas em outras regiões da cidade, como a charmosa Bodega Carinae, que fica em Cruz de Piedra-Maipú. Confira no mapa abaixo a disposição dessas localidades em Maipú.

– O centro de Maipú também reserva boas surpresas para quem decide explorá-lo (clica na imagem para ampliar).

– Confira no mapa a localização dos principais pontos de interesse na cidade:

– Destaque para o Museu Nacional do Vinho e da Colheita, instalado em uma imponente mansão erguida no final do século XIX pelo suíço Juan Bautista Gargantini e o italiano Juan Giol, com mobília e decoração preservadas.

NO MAIS

– Como fizemos as visitas pela tarde, não almoçamos nas bodegas. Mas, por indicação das meninas do Posto de Informações da Plazoleta Rutini, antes de pegar o ônibus de volta, paramos para comer na Casa de Campo. Adoramos a experiência. Confira todos os detalhes aqui.

Luján de Cuyo, vizinha a Maipú, situada a 30km do centro de capital, também é  produtora de vinhos, integrando a região vitivinícola central de Mendoza. Nela estão bodegas de peso como Catena Zapata e Chandon. Além dela, o Valle do Uco é outra região explorada pelo enoturismo.

– Para quem não quer se aventurar em coletivos e bicicleta, o BUS VITIVINÍCOLA é uma boa opção e é possível escolher e comprar seu tour pela internet no site www.busvitivinicola.com

– Confira mais dicas de Mendoza aqui e veja os detalhes do nosso almoço em Maipú aqui.

– Para deixar sua viagem redondinha, confira também:

Links úteis para sua viagem.

Dicas para arrumar a mala.

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Aracaju Histórica – VATICANO e BECO DOS COCOS

27 jul

O que hoje é a esquina da Av. Otoniel Dórea (conhecida como Rua da Frente) com a Rua Santa Rosa (lateral do Mercado Antônio Franco) –  uma sequência geminada de imóveis históricos suplicando por restauração –   já foi o maior prédio de Aracaju, conhecido como VATICANO.

Esquina da Santa Rosa com Av. Rio Branco

“Edificação de dois pavimentos, com dezenas de quartos e pequenos apartamentos, que abrigavam comerciantes, feirantes, algumas famílias humildes e prostitutas […] No interior do Vaticano, havia uma pequena praça pela qual entrava luz do sol e ventilação para as acomodações do andar superior. Na parte térrea, existiam armazéns de secos e molhados e casas de ferragens e, na lateral, pequenos negociantes como funileiros que fabricavam bicas de flandres, fifós, canecos e brinquedos de latas, vendedores de cordas, peneiras, bocapios e os populares Bumbas (pequenos depósitos) onde engarrafavam e vendiam bebidas baratas, como aguardentes, vinhos de jenipapo, murici e jurubeba.  Devidos suas dimensões e seu estilo arquitetônico, recebeu o nome de Vaticano” ( MELINS, Murillo, 2007, pag. 363)

Vaticano - ARACAJU - Foto MURILLO MELINS

Vaticano – ARACAJU – Foto do livro do MURILLO MELINS

Hoje a construção  carece de restauração. Ainda assim, guarda nos detalhes da sua fachada a magia nostálgica da Aracaju do início do século XIX.

Grande Oriente de Sergipe

Sindicado dos Arrumadores de Aracaju

E continua desenhando cenas curiosas do cotidiano da cidade, como o Salão Popular, na Rua da Frente, com serviços de barbearia a preços módicos.

Salão Popular

E o Rei da Sobrancelha, na mesma linha, funcionando no antigo imóvel do Mercado Júlio Prado Vasconcelos, esquina da Rua Santa Rosa com o Beco dos Cocos.

O Rei das Sobrancelhas - Rua Santa Rosa - ARACAJU

O Vaticano tomava a lateral do primeiro quarteirão da Rua Santa Rosa,  entre a Av. Otoniel Dórea (Rua da Frente)  e o Beco dos Cocos.

“No Beco dos Cocos, além do Cassino Bela Vista e o Dancing Xangai, estava a Pensão de Marieta, a mais elegante e seleta, freqüentada por banqueiros, comerciantes, industriais e rapazes da elite. Ali encontravam-se as mais caras e bonitas damas da noite.”( MELINS, Murillo, 2007, pag. 364)

Nesse beco, que já foi  cenário badalado da noite aracajuana, ainda resistem algumas construções da época, forradas de grafite, e continua sendo o endereço de algumas casas comerciais antigas, como a Casa do Pescador.

Casa do Pescador

Grafite - Beco dos Cocos - ARACAJU

Obs.: À noite, e em finais de semana de feriados, quando o comércio já está fechado, o local é perigoso, ponto de encontro de usuários de crack.

LOCALIZAÇÃO

Como disse, no início, o ‘Vaticano’ está na esquina da Rua da Frente (aquela… que é a continuação da Av. Beira Mar, que beira o Rio Sergipe, e que, nesse trecho, no centro de Aracaju, é oficialmente Av. Otoniel Dórea), ao lado da Praça dos Mercados, no Centro de Aracaju. Mas, fica a dica: muitos locais não conhecem a avenida pelo nome oficial, então, fique à vontade para chamá-la também de ‘Rua da Frente’ 😉

-Fonte – Texto e Imagem Antiga do Prédio Vaticano:
MELINS, Murillo. Aracaju Romântica que vi e vivi: Anos 40 e 50. Aracaju: Unit, 2007, 4ª Ed.

– Esse post é parte do nosso projeto “POEIRA, PAREDES e HISTÓRIAS“, que tenta resgatar as histórias dos imóveis de Aracaju – Sergipe. Conheça a Fanpage aqui.

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Arredores de Córdoba – o que ver em Jesús María – ARGENTINA

10 jul

A tranquila Jesús María, a  50Km  de Córdoba, não era nosso destino.

Ruas de Outono - Jesús María - Argentina

Objetivamente, nosso alvo era a Estância Santa Catalina, a 20Km de Jesús María.  Para isso, deveríamos seguir de ônibus de Córdoba a Jesús María  e, de lá, arrumar um transporte – provavelmente um táxi –  para a estância. Nossos planos mudaram quando, ainda em Córdoba, fomos informados que o táxi de Jesús María a Santa Catalina sairia, ida e volta, nada menos que 500 pesos (valor em abril de 2015).

Santa Catalina

Foram as atendentes da Deán Funes, empresa de micro-ônibus que faz a linha Córdoba-Jesús María, que tiveram o cuidado de nos alertar sobre o preço do táxi e também empenho em nos falar sobre  as  belezas de Jesús María e da estância jesuíta da cidade, nos incentivando a não desistir de Jesús María e consolando nossos olhinhos tristes de quem não iria a Santa Catalina 😦

Deán Funes

A viagem de ônibus  de Córdoba a Jesús María dura aproximadamente 1h e 15 min. Sem nenhuma noção ou mapa da cidade, a primeira coisa que fizemos foi atravessar a rua e procurar um lugar quentinho para matar o frio e a fome. Bem em frente a rodoviária, fomos de cara no Café da esquina, Isidro.

Isidro Cafeteria - Jesús María

Primeira boa surpresa. Um cantinho simples, mas agradável. Atendentes sorridentes e facturas com doce de leite olhando pra mim. Café cremoso. Para nós o passeio já poderia acabar aqui rsrs

Facturas de Jesús María- ARGENTINA

Após o café, recuperamos as forças e voltamos para  Rodoviária, como cachorrinhos  de rua, sem lugar pra ir. Mas lá mesmo  nos deparamos com um  mapa da cidade, responsável pela imediata definição do nosso roteiro < Confira no final do post a dica do aplicativo de informações turísticas de Jesús María >

Mapa Jesús María - Córdoba - ARGENTINA

Nosso novo alvo era a Estância Jesuíta (lá em cima no mapa, do outro lado do Rio Guanusacate). Pelo mapa, escolhemos seguir até a estância passando pela Torre Céspedes (que, até então, não tínhamos a menor noção do que seria). Pelo caminho, logo nos apaixonamos pela cidade, toda graciosa com casinhas lindas e ruas tranquilas.

Estação de Trem - Jesús María - Córdoba - ARGENTINA

Residências de Jesús María - Córdoba - ARGENTINA

TORRE CÉSPEDES

A Torre fica no Clube Social da cidade. Fomos entrando por um portão aberto na lateral do clube e ao chegar na Torre fomos recebidos pela simpatia  da  dedicada Daniela.

Ela nos apresentou as instalações, explicando que ali era um espaço de entretenimento para a  família do espanhol Gabriel Céspedes, prefeito da cidade no início do século XX.

Salão de entrada- Torre Céspedes - Jesús María - ARGENTINA

Os Céspedes residiam na casa onde hoje funciona o clube social  e a Torre, cuja construção data do final do século XIX,  era um local reservado para o descanso, leitura, sala de jogos e até mesmo uma sala para revelação de fotografias. Detalhe para as referências espanholas e mouriscas na arquitetura e mobília.

Portas e Janelas - Torre Céspedes - Jesús María

Biblioteca de Cedro - Torre Céspedes - Jesús María

Biblioteca de cedro, pinturas decorando as paredes e uma escadaria um tanto quanto sinistra, que leva ao topo da Torre, de onde, em dias de céu limpo, é possível ter uma bela vista de Jesús María e das Serras Chicas.

Apesar da falta de recursos para recuperação e manutenção do local, vale a visita, não só pela oportunidade inusitada de conhecer mais um pouco da história da cidade, mas também pela chance de conhecer a Daniela, que além da simpatia e atenção, nos forneceu um monte de material turístico da região <eu nem queria rsrs>. Daquelas pessoas que fazem a diferença 🙂

A visita é gratuita e você pode conhecer um pouco mais sobre a história da Torre e da família Céspedes neste documentário aqui e também na fanpage Amigos de La Torre Céspedes.

Torre Céspedes, Jesús María, Argentina – imagem da fanpage Amigos de La Torre Céspedes

MUSEU JESUÍTICO NACIONAL DE JESÚS MARÍA

A história de Jesús María começa com a chegada dos Jesuítas, no século XVII. Ali os religiosos se instalaram e em 1618 ergueram a Igreja e Convento, em meio a estância agrícola onde plantavam, criavam animais e produziam vinhos artesanalmente para levantar renda destinada à manutenção da Universidade de Córdoba.

Estância Jesuíta de Jesús María

Uma imponente construção colonial em uma paisagem bucólica. Aos meus olhos, fascinante!

Hoje, as instalações de quase 400 anos abrigam o Museu Jesuítico Nacional de Jesús María, com exposição de objetos pessoais, mobília, louças, arte sacra, achados arqueológicos e outros itens que contam um pouco da história da região e da permanência da Companhia de Jesus no país.

A bodega da estância ostenta o mérito de ter produzido o Lagrimilla de Oro, o primeiro vinho colonial servido aos monarcas espanhóis.

A entrada é paga (20 pesos em abril de 2015) e não é possível tirar fotos no interior do museu.

Entrada - Estancia Jesús María - ARGENTINA

É preciso guardar todos os pertences – bolsas, câmeras, celulares –  em um guarda-volumes na recepção. Após a visita, você pode tirar fotos no pátio do convento e em toda sua área externa.

Estância Jesuítade Jesús María - Córdoba - ARGENTINA

Conseguimos chegar a pé. É um pouco mais afastada do centro da cidade, mas atravessando o rio, onde uma cruz sinaliza a direção da estância, em uma caminhada de 10 minutos chega-se ao antigo convento.

Ponte para a Estância Jesuíta - Jesús María

E a estrada já vai garantindo paisagens lindas da área rural de Jesús María 😉

Estrada para Estância de Jesús María - ARGENTINA

ANFITEATRO DE JESÚS MARÍA

Voltando da estância, seguimos em uma linha reta após a ponte para conhecermos o  Anfiteatro da cidade.

Anualmente, o Anfiteatro José Hernandez recebe a famoso Festival Nacional de Doma y Folklore  de Jesús María. A festa, que é considerada a maior celebração de costumes gaúchos da Argentina, acontece há mais de 50 anos, sempre no mês de Janeiro.

Durante o festival, a pequena e pacata Jesús María fica lotada e, para você que pretende apenas caminhar tranquilamente pela cidade em uma busca serena por suas atrações históricas, talvez esse não seja um bom período para visitá-la.

RINCÓN NUESTRO – UM BOM LUGAR PARA COMER

Jesús María é um daqueles interiorzinhos  de portinhas charmosas e atraentes.

Cafeteria Santa Ana - Jesús María

Ocorre que, após todas as visitas e andanças pela cidade, já por volta das 14h, quase tudo estava fechado (aquele lance de siesta) e o Rincón Nuestro foi o único lugar aberto.

E confesso que seria bem ele minha escolha, mesmo com tudo aberto.

Além do ambiente estiloso, a comida é uma delícia (desde que superadas as pegadinhas do cardápio em espanhol). Miramos em uma ‘tarta’ de frango e cebola que chegou cheirosa e divina.

Gaseosas sempre caras, como de costume na Argentina, mas a conta ficou na média do que pagamos em Córdoba, com a vantagem do atendimento, bem mais simpático que na capital da província (foi nossa opinião).

Ainda que você não vá a Jesús María, poderá conhecer o Rincón Nuestro em Córdoba. Confira a fanpage de uma das unidades da capital aqui.

INFORMAÇÕES ÚTEIS

– Partindo de Córdoba, a melhor forma para chegar a Jesús María é pegando os micro-ônibus que saem em vários horários do Terminal do Mercado Sud, na Boulevard Arturo Illía.

Mercado Sud - Córdoba - Argentina

Mapa Mercado Sud

– O terminal de micro-ônibus fica no fundo do mercado, onde também, no subsolo, ficam os guichês das diversas empresas que operam as linhas para as cidades do interior da província.

Terminal de Micro-ônibus - Córdoba

– Jesús María, além de muito bonitinha, também tem seus mimos para o turista. Nos principais pontos da cidade há mapas turísticos, indicando, inclusive, os horários de funcionamento das principais atrações.

– O mapa é resumido, mas resolve fácil as dúvidas de marinheiro de primeira viagem em Jesús María (clica na imagem para ampliar).

 

– Para os mais conectados, também tem aplicativo de celular com informações turísticas da cidade. Nós não testamos, mas vale deixar a dica 😉

App - Turismo Jesus Maria - CORDOBA - ARGENTINA

– Um dia é suficiente para conhecer o básico da cidade. Nós saímos de Córdoba às 08:30 e retornamos no ônibus das 16:oo. Só deixamos de visitar o Museu da Cidade, por cansaço mesmo 😉

– Acho que repeti a palavra sorridente algumas vezes.  Mas o povo de Jesús María é sorridente mesmo, quando não, são cordiais e solícitos.

OUTRAS DICAS PARA SUA VIAGEM

– Para deixar sua viagem redondinha, confira:

Links úteis

Dicas para arrumar a mala

– Mais sobre Argentina? Leia também

O Básico de Mendoza – Dicas úteis.

Viajar de ônibus pela Argentina.

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As dicas de Córdoba você encontra na hashtag #cordobanomiss

E as dicas de Mendoza na hashtag #mendozanomiss

MARINETE DO FORRÓ 2015 – ARACAJU

26 jun

Hoje foi dia de festa pra nós ❤ ❤ Não é data comemorativa, mas há algum tempo brotou no coração a vontade de divulgar o Miss Check-in na famosa fila da Marinete do Forró. Aí, o tempo passa, você vai se atropelando, mas… a hora chega. E a nossa hora foi hoje. Chegamos com brownie e tudo – do Doce Acaso – e eu meio que com vergonha. Mas fomos tão bem recebidos que agora eu quero todo ano 😉  (Clique nas imagens para ampliar)

Marinete do Forró - Miss Check-in Blog - ARACAJU

Já falamos da Marinete do Forró aqui e aqui  e  do brownie tentação do Doce Acaso aqui.

Hoje, 26 de junho de 2015, a fila estava festejada por queridos e queridas do Mato Grosso do Sul, Tocantins, Distrito Federal, Bahia e até do Japão. E da terra, claro. Foi lindo! Desejamos que voltem todos os anos  😉

Você que perdeu a Marinete ou que ainda não conhecia, ainda dá tempo: amanhã, sábado – 27/06,  tem mais. Mas tem que chegar cedo mesmo, porque a lotação esgota rápido. A má notícia é que será o último dia da Marinete no período junino 2015  😦

AGRADECIMENTOS

– Ao pessoal do Doce Acaso, que aceitou nossa encomenda em cima da hora e fez esses brownies puro amor com nossa marquinha ❤

– A equipe da Secretaria da Indústria Comércio e Turismo de Aracaju @semict sempre acessíveis e solícitos no nosso contato através das redes sociais.

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Mais dicas gostosas de Aracaju  em  Aracaju post a post

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